Miguel Macedo aguarda por inquérito e sugere lista de passageiros nas excursões

Ministro da Administração Interna recusou falar sobre o estado do IC8, onde ocorreu acidente com autocarro. E lança ideia de excursões terem lista de passageiros.

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Miguel Macedo considera que, das três vezes que Portugal teve de recorrer a ajuda externa, esta é “a mais dolorosa” Nuno Ferreira Santos

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, recusou neste domingo especular sobre as causas do acidente com um autocarro no IC8, na Sertã, que provocou 11 mortos e 33 feridos. O governante disse que é necessário esperar pelos resultados do inquérito e rejeitou por-se “a adivinhar” sobre o estado da estrada, que tem estado em obras.

“Não sei se o autocarro cumpria ou não todas as condições para o transporte de passageiros nestas circunstâncias”, disse ainda o ministro, em Coimbra, onde esteve a visitar alguns dos feridos internados nos Hospitais da Universidade.

Segundo a mulher do motorista, apenas os passageiros da frente utilizavam cinto de segurança, já que os lugares traseiros deste autocarro de matrícula espanhola não dispõem deste sistema de retenção.

Na sequência deste acidente, Miguel Macedo deixou uma sugestão: "Não sei se vale a pena ou não exigir à organização de excursões, como neste caso, que tenha listas dos passageiros, o que facilitaria a operação de socorro. Mas é uma situação a ponderar."

 

Miguel Macedo apelou ainda aos condutores para reforçarem os cuidados de segurança quando há mau tempo e elogiou as forças de segurança e de socorro que estiveram envolvidas na operação.

Um autocarro com 44 pessoas a bordo despistou-se na manhã deste domingo e caiu numa ravina, por volta das 8h30, no nó de acesso do IC8 ao Carvalhal, na Sertã, distrito de Castelo Branco.

Tinham partido de Portalegre, Arronches e Castelo de Vide, com destino a Santa Maria da Feira, onde iam visitar o presépio de São Paio de Oleiros - que abriu no final ano passado como sendo o maior de mundo.

O acidente provocou 11 mortos (com idades entre os 50 e os 70 anos) e 33 feridos.

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