Seguro sobre Costa: “Lisboa tem um bom presidente”

O líder do PS evita falar de sucessão no partido e diz estar concentrado nas autárquicas.

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Seguro este sábado em Olhão: sentir o "pulsar" do povo Vasco Célio
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O mercado de Olhão foi o palco escolhido por António José Seguro para dizer que está em campanha pelas autárquicas e “tudo o resto tem o seu tempo próprio”.

O secretário-geral do Partido Socialista deteve-se em conversas com os populares, ouviu lamentações sobre as “reformas de miséria” e críticas dos empresários do sector turístico.

Sobre a reunião da Comissão Nacional, marcada para o dia 10 de Fevereiro, António José Seguro, recusa-se a falar do que espera que possa vir acontecer. Às insistentes perguntas dos jornalistas, respondeu: “Há uma coisa que têm de perceber, é que eu tenho uma prioridade, falar do país, estar com os portugueses, dar voz aos seus problemas e, particularmente, encontrar soluções”.

Com a convocação da Comissão Nacional, feita na tarde de sexta-feira pela presidente do partido, Maria de Belém,
António José Seguro responde aos críticos da sua direcção, que pediam a realização do congresso e eleições no partido antes das autárquicas.

Por agora, Seguro centra-se na campanha autárquica, e sobre António Costa vai dizendo “ Lisboa tem um bom presidente da Câmara”. Então, porque não confirma já a recandidatura? A mesma resposta, evasiva, embrulhada de outra forma: “Lisboa está muito bem entregue”.

A comitiva segue em passo lento pelas bancas dos legumes. Um idoso aproxima-se do líder socialista, fala-lhe, baixinho, demoradamente. No final, Seguro comentou: “O que ouvi, jamais vou esquecer”. O homem recebe uma pensão de 195 euros mensais e vive rodeado de problemas.

Outro popular, Carlos Sousa, produtor e vendedor de legumes e hortaliças, diz: “Só o conhecia de o ver na televisão”. Após uma breve troca de palavras, deseja-lhe sorte, com um sublinhado: “Continue”. Depois de agradecer, deixou a promessa: “Farei tudo por isso, farei tudo para não desiludir”.

O presidente da Câmara de Olhão, Francisco Leal, a completar um ciclo de três mandatos, fez de “guia” durante o passeio matinal à beira da ria Formosa, no mercado de peixe. Uma vendedeira, sua conhecida, atirou-lhe: “Não gosto de ti, já gostei”. O autarca fez que não ouviu e sempre que Seguro se perdia numa conversa mais prolongada, ou politicamente não desejável, acenava: “Vamos, vamos…”. Num breve comentário ao PÚBLICO, justificou: “Se não lhe digo nada, nunca mais descola”.

Nos contactos com a população, Seguro procurou passar a mensagem de que não tinha pressa, estava com “todo o tempo para ouvir as pessoas”. A seguir, reuniu com empresários do turismo “para conhecer as suas dificuldades, conhecer de uma forma mais concreta a forma de ajudá-los a passar um momento bastante difícil”. Uma das propostas do Partido Socialista é a “necessidade reduzir o IVA da restauração de 23 para 13 por cento”.

 

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