Presidente da Liga acusa Governo de contribuir para asfixiar o futebol

Mário Figueiredo critica demora na regulamentação do mercado de apostas online em Portugal e volta a acusar Olivedesportos de ser uma empresa "monopolista"

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Mário Figueiredo criticou a actuação da FPF no âmbito do "Totonegócio II" Nelson Garrido

A demora do Governo em regulamentar o mercado de apostas online está a contribuir para a asfixia financeira em que vive o futebol nacional, segundo denunciou ontem o presidente da Liga da Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP). Em entrevista à TSF, Mário Figueiredo voltou também a acusar a Olivedesportos de "prática monopólista" nas transmissões televisivas, impedindo os clubes de potenciar esta fonte de receitas fundamental.

"Todos os clubes de topo europeu são patrocinados pelas receitas do jogo online", explicou o dirigente, considerando inexplicável a demora portuguesa em legislar nesta matéria, depois de ter sido constituído um grupo de trabalho para efeito. "Sendo esta uma receita essencial para a sobrevivência dos clubes, não compreendo porque o ministro da tutela não pôs ainda cá fora a respectiva legislação."

Mas o principal alvo de Mário Figueiredo voltou a ser a Olivesdesportos de Joaquim Oliveira pela forma como teceu "uma rede de contactos" que acabou por inviabilizar qualquer tipo de concorrência no mercado das transmissões televisivas dos jogos de futebol. "Apresentámos uma queixa à Autoridade da Concorrência e esperamos que este organismo venha a decretar a nulidade dos actuais contratos estabelecidos com os clubes", reiterou.

Mário Figueiredo aproveitou ainda para criticar a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) pela forma unilateral como conduziu as negociações com o Governo para o pagamento de parte das dívidas dos clubes no âmbito do "Totonegócio II".

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