Tribunal vai prosseguir com julgamento de Vale e Azevedo

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O tribunal pediu para ser alargado o mandado de detenção europeu emitido para Vale e Azevedo Daniel Rocha

O tribunal rejeitou esta terça-feira o requerimento de Vale e Azevedo para cessar o julgamento em que é acusado de peculato, branqueamento de capitais e falsificação de documentos e pediu o alargamento do mandado de detenção europeu no âmbito do qual ocorreu a extradição.

Deste modo, o tribunal quer assegurar que, na altura da leitura do acórdão, uma eventual pena privativa de liberdade possa ser aplicada, uma vez que a advogada de Vale e Azevedo, Luísa Cruz, já afirmou que impugnaria uma decisão.

O colectivo de juízes entende que Vale e Azevedo está protegido pelo “princípio da especialidade”, o que implica que não lhe possa ser aplicada qualquer pena privativa de liberdade por infracção praticada em momento anterior à detenção, em Londres, a 12 de Novembro. Por isso, o juiz-presidente do colectivo da 3.ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa, José Manuel Barata, requereu à Procuradoria-Geral da República que diligencie junto das autoridades inglesas para que seja alargado o mandado de detenção europeu, no âmbito do qual Vale e Azevedo foi extraditado para Portugal.

O julgamento de Vale e Azevedo prossegue esta terça-feira com a sétima sessão, na qual serão ouvidos inspectores da Polícia Judiciária envolvidos na investigação.

Presidente do Benfica de 1997 a 2000, Vale e Azevedo é acusado de ilícitos nas transferências dos futebolistas britânicos Scott Minto e Gary Charles, do brasileiro Amaral e do marroquino Tahar El Khalej.

Aguarda a decisão da liberdade condicional no Estabelecimento Prisional da Carregueira, em Sintra.

 
 
 
 

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