Privatização dos CTT adiada para o segundo trimestre

Governo tinha previsto lançar a operação até Março. Novo processo de venda da TAP será lançado “assim que possível”.

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CTT vão deixar em breve de ter capitais públicos Gonçalo Santos/PÚBLICO

No relatório da sexta avaliação, o Fundo Monetário Internacional (FMI) escreve que a privatização dos CTT “deverá ser lançada no segundo trimestre de 2013”, quando o calendário inicial apontava para que o lançamento da operação ocorresse até Março.

Essa data vinha estabelecida na última revisão da instituição internacional e tinha sido anunciada publicamente pelo Governo em Setembro. O ministro das Finanças referiu, nessa altura, que a venda do grupo estatal presidido por Francisco Lacerda avançaria no primeiro trimestre deste ano, a par da privatização da área de resíduos da Águas de Portugal, designada por EGF.

No que diz respeito a este sector, é reiterada no relatório a intenção de concluir um plano estratégico para as águas, no âmbito da venda do negócio de resíduos. Recorde-se que o Governo aprovou esta operação no final do ano passado, em Conselho de Ministros.

O FMI destaca que, com as vendas até agora concluídas (ANA, EDP e REN), já se conseguiu alcançar “cerca de 80% das receitas originalmente” previstas no programa de privatizações acordado com a troika. Só a alienação da gestora aeroportuária estatal, que ainda está por oficializar, vai render 3080 milhões de euros.

No relatório conhecido nesta sexta-feira, as referências feitas pelo Governo datam de 19 de Dezembro, precisamente um dia antes de o executivo ter decidido suspender a privatização da TAP, que tinha como único candidato o milionário Germán Efromovich.

Nas considerações finais, os responsáveis da equipa técnica do FMI em Portugal, que fazem o acompanhamento do programa de assistência financeira nacional, abordam o tema da venda da companhia de aviação, escrevendo que o processo será relançado “assim que possível”.

Para este ano, está previsto também o lançamento da privatização da CP Carga, a concluir “no segundo ou terceiro trimestres de 2013”, refere o Governo. Já a venda do negócio segurador da CGD está “em andamento” e, no que diz respeito à RTP, o executivo escreve que “a venda ou a concessão de um canal de televisão ou estação de rádio” estão “a ser consideradas”, assim como a abertura dos transportes públicos a capital privado.

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