Passos recusa aliviar carga fiscal dos Açores

Discurso do primeiro-ministro no encerramento do congresso dos sociais-democratas açorianos, em resposta às críticas antes expressas pelo novo líder regional, Duarte Freitas.

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Pedro Passos Coelho Rafael Marchante

Pedro Passos Coelho garantiu este domingo nos Açores que não cede na redução do diferencial fiscal, de menos 30 para 20% em relação às taxas nacionais, prevista na nova lei das finanças das regiões autónomas.

É um compromisso assumido pelo Estado com a troika que  não pode ser desrespeitado, salientou o primeiro-ministro e líder do PSD, no encerramento do congresso dos sociais-democratas açorianos, em resposta às críticas antes expressas pelo novo líder regional, Duarte Freitas.

O presidente do PSD frisou que tal como o desenvolvimento da autonomia depende da conjuntura nacional, também o futuro de Portugal defende das reformas que for capaz de concretizar agora. "Para Portugal se livrar da `troika´ e viver no futuro sem precisar de pedir mais resgates, e sem ter o actual nível de impostos, é preciso reformar o Estado e as suas políticas públicas", disse. "O país tem que começar a pensar no pós-troika de modo a inspirar confiança aos investidores", afirmou Passos Coelho, reiterando que não vai condicionar a tomada de medidas ao calendário eleitoral.

“Até Junho de 2014 - que é como quem diz daqui a ano e meio - teremos cumprido o memorando de entendimento, não precisaremos mais de ter cá a ´troika´, nem precisamos que a `troika´ ponha cá mais dinheiro”, afirmou.

Em resposta a António José Seguro, o líder nacional do PSD afirmou que o seu Governo tem legitimidade para proceder às reformas e transformações que considera necessárias e urgentes.

"Alguém que pense que pode chegar às responsabilidades sem dizer ao país como vai governar e resolver os problemas, cavalgando apenas a insatisfação ou dificuldades, esse nunca inspirará confiança dos portugueses para governar”, frisou.

 

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