Tem um pedido de oração? Frades dos EUA já o aceitam por SMS

Iniciativa arrancou esta semana e já conta com 1000 mensagens por dia. Um dos objectivos é chegar aos mais jovens.

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As intenções dos fiéis são recebidas num site e é automaticamente dada uma resposta Michael Kappeler/AFP

A necessidade de agilizar a vida quotidiana com a ajuda das novas tecnologias chegou à religião. O maior grupo de frades franciscanos dos Estados Unidos passou a aceitar pedidos de oração por SMS e a iniciativa que arrancou esta semana já conta com uma média de 1000 mensagens por dia.

O grupo de frades, que abrange 40 paróquias, escolas e cantinas sociais ao longo da costa oriental norte-americana, assim como no Peru e em Tóquio, é um dos pioneiros num serviço que ainda está pouco dinamizado nas comunidades religiosas. A iniciativa, apelidada de “Text a Prayer Intention to a Franciscan Friar”, tem como objectivo proporcionar uma nova forma de contacto entre a Igreja e os fiéis católicos.

“As pessoas estão sempre a perguntar aos padres ‘pode dizer uma oração por mim?’ ou ‘pode lembrar a minha mãe que tem cancro?’”, explicou o frade David Convertino, director executivo para o desenvolvimento dos frades franciscanos da Holy Name Province, numa entrevista à Reuters. “Pensei que se muitas pessoas enviam mensagens para tudo, até mais do que emails, então porque não dar-lhes a possibilidade de nos pedir para rezar por elas por sms?”, questionou.

As intenções dos fiéis são recebidas num site e é automaticamente dada uma resposta que confirma a recepção da mensagem. O pedido é depois incluído duas vezes por dia nas orações dos frades e numa missa. Segundo David Convertino adiantou à BCC, a iniciativa está a ser muito bem recebida, com uma média de 1000 mensagens diárias, sobretudo de pessoas que não têm quem reze com elas ou que não se podem deslocar às paróquias.

Com esta modernização o grupo espera, também, chegar a audiências mais jovens. O site dos franciscanos foi renovado e o próximo passo estará relacionado com as redes sociais, já que o grupo quer passar a estar presente no Facebook e no Twitter. Aliás, muitos dos frades já têm perfil na rede LinkedIn e alguns dos eventos são transmitidos em directo na Internet. “Se o Papa pode twittar, os frades podes enviar mensagens”, brincou David Convertino.

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