Rede de metro de Pequim é a maior do mundo

Para já são 442 quilómetros de extensão com 16 linhas, mas a ambição da China é a de continuar a crescer. Em 2020 poderão ser mil quilómetros.

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A cidade de Pequim proibe a entrada de carros, uma vez por semana, consoante as matrículas Reuters

Quatro novas secções do metro de Pequim foram inauguradas este domingo, aumentando para 442 quilómetros a extensão da rede da capital chinesa, com 16 linhas em funcionamento, o que a transforma na maior do mundo.

 

Três linhas já existentes (8, 9 e 10) foram ampliadas e foi criada uma nova linha, a 6, com o objectivo de estimular o uso do transporte público e aliviar o trânsito nas estradas de Pequim.
 
Com a inauguração das novas secções do metro, Pequim passa a deter a rede de metro com mais quilómetros do mundo, ultrapassando Londres (402 quilómetros), Seul (406,2 quilómetros) e Xangai (425 quilómetros).
 
O sistema de metro de Pequim conheceu um rápido crescimento na última década, com a criação de 13 das 16 linhas existentes. Um dos motores deste crescimento foi a cidade ter acolhido os Jogos Olímpicos de Verão de 2008, a somar ao pacote de estímulo para combater a crise financeira global que o Governo chinês lançou em Novembro desse ano e que foi essencialmente aplicado na construção de infra-estruturas.
 
De acordo com a Comissão Municipal de Transporte de Pequim, o número de linhas de metro na capital chinesa atingirá as 19 em 2015, com um total de 561 quilómetros, podendo superar os mil quilómetros em 2020, se forem cumpridos os projectos previstos.
 
O sistema de transporte público de Pequim, incluindo autocarros, serviu diariamente uma média de 20,6 milhões de pessoas este ano, calculando-se que cerca de 44% dos residentes da cidade utilize o transporte público, a percentagem mais elevada de todas as cidades chinesas.
 
O metro de Pequim tem os bilhetes mais baratos do mundo, de dois yuan (24 cêntimos de euro) para qualquer trajecto, à excepção da linha mais rápida com destino ao aeroporto, que custa 25 yuan (3 euros).
 
A rede existente não é, no entanto, suficiente para satisfazer adequadamente as necessidades da cidade, que sofre vários congestionamentos todos os dias. Para aliviar o volume de tráfego, as autoridades municipais limitaram, no ano passado, o número máximo de matrículas de veículos para 240 mil anuais, o que supõe um terço dos veículos que se registaram anualmente antes da entrada em vigor da norma. As autoridades proíbem ainda, uma vez por semana, a circulação de automóveis nas estradas da cidade, com base nos números das matrículas.

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