Vinci diz que compra da ANA a tornará “um actor internacional”

Num comunicado enviado às redacções, o vencedor da privatização da gestora aeroportuária refere que o hub de Lisboa constitui uma “mais-valia fundamental”.

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Vinci é um dos cinco candidatos que passaram à segunda fase da privatização Foto: João Henriques / PÚBLICO

O grupo francês, que nesta quinta-feira foi eleito pelo Governo para comprar a ANA, refere que se “congratula por a sua proposta ter sido escolhida pelo Governo português” e “reafirma os seus compromissos com Portugal”.

 

No documento, que surge depois de o executivo ter confirmado no briefing do Conselho de Ministros que irá vender a gestora aeroportuária do Estado à Vinci por 3080 milhões de euros, o grupo francês diz ainda que “o hub de Lisboa constituti uma mais-valia fundamental, graças à sua posição estratégica para destinos de forte crescimento”, fazendo referência ao Brasil e a África.

A Vinci escreve ainda que “também o aeroporto Francisco Sá Carneiro [no Porto] é uma plataforma crucial na expansão para todo o Norte Atlântico” e sublinha que este negócio fará do grupo “um actor internacional de primeiro plano nas concessões aeroportuárias, com 23 aeroportos geridos em Portugal, França e Cambodja, que acolhem mais de 40 milhões de passageiros por ano”.

Apesar de ter sido escolhido pelo Governo para comprar a ANA, só no início do próximo ano é que será efectivamente assinado o contrato de venda, sendo que a Vinci terá de avançar já com um sinal de 100 milhões de euros para garantir que avançará com a operação.

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, avançou nesta quinta-feira que o Governo Regional da Madeira, detentor de 20% da empresa que gere os aeroportos naquele arquipélago, irá vender a sua posição nas infra-estruturas do Funchal e Porto Santo. E, por isso, a Vinci terá sob a sua alçada todos os dez aeroportos nacionais por um período de 50 anos.

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