Governo não conseguiu melhor oferta para a TAP

Decisão sobre privatização, que tem como único candidato Efromovich, será tomada nesta quinta-feira. Se o Governo aceitar a oferta, a TAP jamais será a mesma.

Só há uma certeza. O Governo quer vender e Efromovich quer comprar. A grande dúvida que hoje se vai colocar, quando a oferta final do milionário aterrar no Conselho de Ministros, é se os interesses das duas partes coincidem. Ou se colidem.

Se voar das mãos do Estado, a TAP vai tornar-se numa companhia muito diferente, para bem e para o mal. Mas se a decisão for suspender a venda o problema não fica resolvido. Mais cedo ou mais tarde, a empresa terá de ser comandada por um investidor privado.

"Desde que o investidor apresentou a última proposta no final da semana passada, não saíram quaisquer melhorias das negociações", disse na quarta-feira à noite ao PÚBLICO o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, apesar das tentativas portuguesas de levar um melhor negócio a Conselho de Ministros.

Não é claro neste momento o que, exactamente, o Governo de Passos Coelho quis e não conseguiu.

Como o PÚBLICO noticiou há duas semanas, a proposta do único candidato na privatização da transportadora aérea será analisada pelo executivo de Passos Coelho nesta quinta-feira.

O investidor apresentou uma oferta superior a 1500 milhões de euros, dos quais apenas 35 milhões vão entrar nos cofres públicos. A restante fatia será usada para recapitalizar a companhia, cujos capitais próprios (diferença entre activo e passivo) estão negativos em cerca de 400 milhões, e para assumir a dívida (que agora ronda os mil milhões).

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