Passos Coelho diz que PS não mudou muito desde Sócrates

O Conselho Nacional do PSD reuniu-se esta noite num hotel em Lisboa, a propósito do Orçamento do Estado.

Foto
O líder social-democrata fez um balanço muito positivo do ajustamento de Portugal Nuno Ferreira Santos

Passos Coelho, presidente do PSD e primeiro-ministro, acusou esta noite o PS de “não ter mudado muito desde Sócrates” por insistir em propostas que coincidem com a “origem” do problema de Portugal.

 

Foi uma das críticas, segundo relatos feitos ao PÚBLICO, que marcaram a intervenção inicial de Passos Coelho no Conselho Nacional, que está reunido num hotel em Lisboa.

O líder do PSD referia-se a propostas de António José Seguro como o financiamento pelo Banco Central Europeu e a atitude de “fazer de conta” que Portugal não cumpre o memorando. Passos Coelho afirmou que se o Governo português tivesse seguido as propostas de Seguro Portugal estaria hoje como a Grécia, “incapaz de pagar as dívidas”.

O primeiro-ministro também acusou Seguro de não querer fazer as reformas estruturais e de se recusar a fazer o debate da “refundação” do Estado. O primeiro-ministro disse haver uma “responsabilidade ideológica” do PS que não pode ser esquecida.

Passos Coelho fez um balanço muito positivo do programa de ajustamento, tendo considerado que Portugal fez em cerca de dois anos o que estava previsto para seis, o que gerou credibilidade.

Em relação ao corte da despesa, Passos Coelho também chamou a atenção para a necessidade de reduzir os gastos estruturais do Estado para aliviar a carga fiscal dos portugueses.

Neste Conselho Nacional, marcado a propósito do Orçamento de Estado, estiveram pelo menos três ministros: Aguiar-Branco (Defesa), Miguel Macedo (Administração Interna) e Miguel Relvas (ministro-adjunto dos Assuntos Parlamentares). O secretário de Estado-Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, bem como Manuel Rodrigues, secretário de Estado das Finanças, também não faltaram.

Sugerir correcção
Comentar