Governo recebe sindicatos na véspera de decidir venda da TAP

Representantes dos trabalhadores conseguiram antecipar reunião e vão estar quarta-feira com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.

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Álvaro Santos Pereira, hoje na OCDE, foi ministro da Economia do actual Governo entre 2011 e 2013 enric vives-rubio

Os sindicatos tinham recebido um ofício do ministro da Economia para debaterem a privatização da TAP na sexta-feira, um dia após o Governo se pronunciar sobre este negócio, mas conseguiram antecipar o encontro para a véspera da decisão.

O PÚBLICO apurou que, na sequência da rejeição do encontro solicitado por Álvaro Santos Pereira, o executivo aceitou receber os sindicatos da TAP já quarta-feira, na véspera de decidir, em Conselho de Ministros, se venderá a transportadora aérea do Estado ao único candidato, o milionário Germán Efromovich.

Os representantes dos trabalhadores serão recebidos pelas 10h30, pelo secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro. O ministro da Economia não estará presente, porque se encontra na Turquia com Passos Coelho.

De qualquer forma, Álvaro Santos Pereira decidiu manter a reunião para a qual se tinha disponibilizado e, por isso, os sindicatos vão estar novamente no Ministério da Economia na sexta-feira, um dia depois de o Governo se pronunciar sobre a oferta de Efromovich. O convite surgiu do ministro depois de sucessivas tentativas por parte dos representantes dos trabalhadores para se reunirem com o executivo por causa da venda da companhia.

O último pedido de audiência dos sindicatos foi feito no final de Setembro, mas não obteve qualquer resposta, o que os tem levado a acusar o executivo de gerir a privatização da TAP sem qualquer envolvimento dos trabalhadores.

Nesta terça-feira, cerca de 800 funcionários da TAP estiveram reunidos num plenário, de acordo com informações recolhidas junto da comissão de trabalhadores da empresa pela Lusa. E está agendada uma vigília junto ao Conselho de Ministros, que começará na quarta-feira às 16h e que se estenderá até ao dia seguinte, contra a venda da companhia, que o Governo quer concretizar este ano.
 
 

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