No comunicado, refere-se que esta fatia será “reservada aos trabalhadores” da empresa e das suas participadas, como já estava previsto no diploma da privatização. A novidade é que haverá um desconto na aquisição destas acções.

Os 5% reservados aos trabalhadores terão por objecto dois milhões de acções nominativas, a cinco euros cada. Mas o valor final a pagar dependerá do montante que resultar das negociações entre o Governo e o futuro comprador da ANA.

“É estabelecido que as acções reservadas à aquisição por trabalhadores são vendidas ao preço que vier a ser fixado no âmbito da venda por negociação particular, deduzido de 5%”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

Os candidatos à compra da ANA terão de entregar as ofertas vinculativas até 14 de Dezembro, não se sabendo ainda quantos dos cinco investidores que passaram à segunda fase do processo vão apresentar as ofertas definitivas, fruto das exigências impostas pelo Governo.

Tal como o PÚBLICO noticiou na semana passada, o Governo exige o pagamento de dividendos sobre os lucros e de uma comissão sobre as receitas, que chega aos 10%. No caso da gestora aeroportuária, os compradores não poderão revender as acções que comprarem por um prazo de cinco anos.