Kathryn Bigelow conquistou os críticos de Nova Iorque

Zero Dark Thirty foi considerado o melhor filme do ano

Foto
Filme estreia-se em Portugal a 17 de Janeiro DR

O novo filme de Kathryn Bigelow, Zero Dark Thirty, sobre a perseguição e o abate de Osama Bin Laden pelas forças especiais do Exército americano, já tinha sido apontado como um dos grandes filmes deste ano, e na primeira noite de prémios, que antecedem os Óscares, saiu vencedor. Zero Dark Thirty foi considerado pelo NYFCC (New York Film Critics Circle) o melhor filme e Bigelow recebeu o prémio de melhor realizador.

A cineasta já estava a trabalhar no filme antes de Bin Laden ter sido morto pelo exército norte-americano em Maio de 2011 mas foi depois da morte do líder terrorista que o filme começou a gerar polémica: apesar de ainda não ter chegado às salas (estreia em Janeiro de 2013), são muitas as questões levantadas em relação à produção e realização do filme, sobretudo em relação ao envolvimento do presidente norte-americano que foi acusado de ter divulgado informações classificadas aos produtores de Zero Dark Thirty.

Polémicas à parte, os críticos de Nova Iorque destacaram no filme, protagonizado por Jessica Chastain, o olhar cinematográfico da realizadora para aquela que foi a “maior caça ao homem da história”. O filme recebeu ainda o prémio de melhor fotografia.

Logo atrás, o destaque foi para outro filme que é apontado como um dos candidatos aos Óscares, Lincoln, de Steven Spielberg. O filme, que acompanha os últimos quatro meses de vida de Abraham Lincoln, o 16º presidente dos EUA, foi premiado nas categorias de melhor actor, Daniel Day-Lewis, que, se se confirmar o favoritismo, pode ser o primeiro actor a vencer um Óscar num filme de Spielberg, melhor actriz secundária (Sally Field) e melhor argumento.

Rachel Weisz foi premiada na categoria de melhor actriz pelo seu retrato de Hester Collyer no drama The Deep Blue Sea, de Terence Davies, e Matthew McConaughey venceu na categoria secundária pelos seus papéis em Magic Mike e Bernie - Morre e Deixa-me em Paz.

Amor, do austríaco Michael Haneke, que ainda este fim-de-semana venceu os Prémios do Cinema Europeu, foi considerado o melhor filme estrangeiro, e o novo de Tim Burton, Frankenweenie, venceu na categoria de melhor filme de animação.

Uma ausência notada nesta noite de prémios foi o novo filme de Tom Hooper, Os Miseráveis, adaptado do popular musical com o mesmo nome. Protagonizado por Hugh Jackman, Russell Crowe e Anne Hathaway, o filme, que ainda não chegou às salas, é uma das estreias mais esperadas do ano cinematográfico.

O New York Film Critics Circle, que anunciou os prémios nesta segunda-feira à noite no Twitter, é uma organização que tem como objectivo homenagear e premiar o que de melhor se faz no cinema. Fundada em 1935, fazem parte da organização críticos de jornais diários, semanários, revistas e importantes publicações da área.

Sugerir correcção
Comentar