Seguro afirma não ter “sede de chegar ao poder”

“Continuarei a insistir e continuarei a lutar. Exijo a mudança no rumo da política deste Governo”, diz Seguro.

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Intervenção do secretário-geral de António José Seguro será a última da universidade de Verão socialista Adriano Miranda

O secretário-geral do PS, António José Seguro, admitiu hoje que o partido está “sempre preparado” para “assumir as suas responsabilidades” mas garante não ter “sede de chegar ao poder”.

 

“Continuarei a insistir e continuarei a lutar. Exijo a mudança no rumo da política deste Governo”, repetiu, por várias vezes, António José Seguro ao ser questionado pelos jornalistas durante uma visita a Vila Nova de Cerveira sobre os vários de pedidos de demissão do actual Governo conhecidos publicamente.

“Vou insistir durante o tempo que for necessário para que o Governo mude essa política. É essa a minha primeira responsabilidade, não tenho nenhuma sede de chegar ao poder”, afirmou.

Apesar de insistir na necessidade de o Governo dar prioridade a uma política que “fomente” o emprego e o crescimento económico, sem nunca se referir a um cenário de eleições antecipadas ou queda do Governo, António José Seguro sublinhou que o PS “é um grande partido e está sempre preparar para assumir as suas responsabilidades”.

O mesmo respondeu sobre a carta enviada ao Presidente da República e em que várias personalidades, como Mário Soares, exigem uma mudança de política e de Governo.

“Une-me às pessoas que assinaram essa carta o objectivo de exigir ao Governo que mude de política. Não penso assim desde a semana passada ou do mês passado”, afirmou Seguro.

“Pôr fim a esta política é, nesta altura, a minha prioridade. Lutar por todos os meios para fazer com que o primeiro-ministro mude rapidamente a sua estratégia de austeridade colocando a prioridade no crescimento económico e no emprego”, disse ainda.

Seguro acrescentou que os mais recentes números do desemprego, taxa que em Outubro subiu para 16,3%, mostram que o Governo segue a “receita errada”.

“Não fiquei surpreendido. São números que me chocam, como chocam qualquer português”, afirmou, enfatizando que “é preciso pôr fim a esta política”.

“É essa a minha responsabilidade, como líder do principal partido da oposição, dizer ao primeiro-ministro para olhar para o país”, rematou António José Seguro. 

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