PS quer explicações urgentes do ministro da Defesa sobre Base das Lajes

Redução da presença norte-americana leva socialistas a chamarem Aguiar-Branco ao Parlamento

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Base das Lajes Carlos Lopes / Arquivo

O PS requereu esta segunda-feira a presença urgente do ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, na Assembleia da República, para explicações sobre a eventual redução militar norte-americana na Base das Lajes, nos Açores.

Este requerimento, ao qual a agência Lusa teve acesso, é assinado pelo deputado socialista Marcos Perestrello e foi dirigido ao presidente da Comissão de Defesa Nacional, o deputado social-democrata Matos Correia.

“Em face de notícias vindas a público sobre a redução da presença militar norte-americana na Base das Lajes, torna-se imprescindível ouvir o ministro da Defesa sobre o assunto”, refere a nota enviada por Marcos Perestrello, líder da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS e ex-secretário de Estado da Defesa.

Sábado passado, em Torres Vedras, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, afirmou que Portugal vai tomar “em breve” uma posição sobre a redução da presença norte-americana na Base das Lajes.

“Portugal assumirá em breve a sua posição nacional sobre essa matéria”, afirmou aos jornalistas Paulo Portas, adiantando que a redução da Força Aérea norte-americana na Base das Lajes deve-se a uma diminuição de 500 mil milhões de dólares na segurança e na defesa americanas.

“A redução decidida pelos Estados Unidos terá obviamente consequências”, admitiu Paulo Portas, acrescentando que o Governo da República e o Governo Regional dos Açores devem articular-se para “reduzir o impacto da decisão do ponto de vista económico na Ilha Terceira, no concelho da Praia e no emprego”.

Já hoje, em Ponta Delgada, o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, afirmou que “os Estados Unidos têm a responsabilidade de criar as condições para que seja possível lidar com o impacto social e económico” de reduzir a presença na base das Lajes.

“Os Estados Unidos têm a responsabilidade de criarem as condições para que seja possível lidar com o impacto social e económico dessa decisão. Só este comportamento é que estará de acordo com o espírito do acordo de cooperação e defesa”, declarou.
 
 

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