Portugal vai tomar “em breve” posição sobre redução na Base das Lajes

A diminuição da presença da Força Aérea norte-americana na base dos Açores terá consequências no acordo entre Washington e Lisboa, diz Paulo Portas.

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O presidente do Governo dos Açores diz que as diligências têm que ser feitas de forma reservada. Paulo Pimenta

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, disse neste sábado que Portugal vai tomar “em breve” uma posição sobre a redução da presença militar dos Estados Unidos na Base das Lajes, nos Açores, e que esta terá consequências no acordo militar entre Washington e Lisboa.

“Portugal assumirá em breve a sua posição nacional sobre essa matéria”, afirmou Paulo Portas aos jornalistas, adiantando que a redução da Força Aérea norte-americana naquela base militar deve-se a uma diminuição de 500 mil milhões de dólares no orçamento para a segurança e defesa americanas.

Neste sábado, o semanário Expresso noticiou que a presença dos Estados Unidos na Base das Lajes, na ilha Terceira, será reduzida dos actuais cerca de 800 militares e 600 familiares para 160 elementos. Esta diminuição deverá pôr em causa cerca de 300 postos de trabalho portugueses directos, num universo actual de 790, segundo o mesmo jornal.

“A redução decidida pelos Estados Unidos terá obviamente consequências”, admitiu o ministro, à margem da apresentação do candidato do CDS-PP a Torres Vedras, nas próximas eleições autárquicas, em que participou como líder nacional do partido.
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Portas disse ainda que o Governo da República e o Governo Regional dos Açores devem articular-se para “reduzir o impacto da decisão do ponto de vista económico na ilha Terceira, no concelho da Praia e no emprego”.

Os Estados Unidos informaram Portugal, na segunda-feira passada, sobre a ratificação de uma proposta da Força Aérea norte-americana que prevê uma forte redução da presença na Base das Lajes. A decisão foi comunicada ao Governo Regional dos Açores na quinta-feira.<_o3a_p>
 
 

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