Esmoriz vai a votos a 9 de Dezembro

A Secretaria de Estado da Administração Local marcou as eleições intercalares de Esmoriz, freguesia de Ovar, para 9 de Dezembro. O Governo decidiu-se pela realização do acto eleitoral, colocando assim de parte a hipótese da constituição de uma comissão administrativa que gerisse a junta de freguesia até às eleições autárquicas do próximo ano.

Neste momento, acertam-se os nomes que em breve surgirão como cabeças-de-lista e a actual presidente da autarquia, Rosário Relva, eleita pelo PS em 2009, não coloca de parte uma recandidatura.

“Tenho de reflectir, mas não está afastada a hipótese de voltar a candidatar-me. De qualquer forma, lamento o que aconteceu, enquanto presidente de junta e como pessoa que gosta de Esmoriz”, disse hoje ao PÚBLICO. “Tinha hipótese de constituir um novo executivo, mas o PS e o PSD não o viabilizaram. É incompreensível e uma irresponsabilidade irmos a votos quando estamos a menos de um ano de novas eleições”, acrescentou.

A marcação do acto eleitoral antecipado acontece depois de a Assembleia de Freguesia de Esmoriz ter ficado sem quórum para se reunir, e consequentemente deliberar, devido à renúncia em bloco dos eleitos efectivos e suplentes da coligação PSD/CDS e da quase totalidade da bancada socialista. Perante a situação, o órgão autárquico esmorizense acabaria por ser dissolvido e a situação foi comunicada ao Governo.

A Junta de Esmoriz mantém-se em funções até às eleições antecipadas. “Apesar do pedido de renúncia de mandato, os três elementos da junta mantêm-se em funções, mas têm faltado a uma série de reuniões do executivo e algumas deliberações não se fazem”, revela Rosário Relva. Há cerca de um ano que a instabilidade política tomou conta de Esmoriz, culminando no pedido de renúncia de mandato do tesoureiro, do secretário e de uma vogal da junta de freguesia, e na renúncia da maioria dos membros da assembleia de freguesia.

A presidente da Junta tem sido acusada pelos colegas socialistas de irregularidades como compras injustificadas, restrições de acesso à correspondência, recusa de devolução de verbas recebidas indevidamente por não estar a tempo inteiro, entre outras. A autarca sempre negou as acusações, mas a concelhia de Ovar do PS acabou por lhe retirar a confiança política.

Sugerir correcção
Comentar