LX Factory interessada no Hospital do Desterro

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Hospital lisboeta foi desactivado em 2006 Carlos Lopes/Arquivo

O antigo Hospital do Desterro, em Lisboa, pode transformar-se num espaço de eventos culturais, existindo uma proposta de negócio neste sentido, segundo a empresa pública que detém o imóvel.

Desactivado progressivamente desde 2006, o Hospital do Desterro foi vendido à empresa pública que gere o património imobiliário do Estado, a Estamo, por 9,24 milhões de euros.

Fonte oficial da Estamo confirmou à Lusa que há uma proposta da empresa que gere a LX Factory. A proposta não é para adquirir o imóvel – à venda por 9,5 milhões de euros –, mas sim para a exploração do espaço.

“Enquanto o referido imóvel está em fase de promoção imobiliária, e visando rentabilizá-lo, a Estamo está disponível para dialogar com a referida empresa, aguardando uma proposta concreta por parte dela”, adiantou a mesma fonte.

A Lusa contactou a gestora da LX Factory, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

A própria Estamo assume que o objectivo não é apenas que os imóveis em carteira sejam comprados, mas sim rendibilizá-los, “através da venda ou, enquanto permaneçam na sua posse, por qualquer outra forma”.

Uma das formas com que a Estamo está a rentabilizar o antigo Hospital do Desterro, é o aluguer do espaço exterior para estacionamento.

Os clientes preferenciais deste aluguer são profissionais de outros hospitais do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), ao qual o Desterro pertence. Mas qualquer cidadão pode alugar mensalmente um lugar para o carro, por 70 euros.

Esta forma de rentabilização está a ter alguma adesão, sendo visíveis, diariamente, viaturas estacionadas no espaço exterior do antigo convento, tornado hospital em 1857.

Com as instalações vazias, ainda assim foi contratada uma empresa privada de segurança que tem sempre no local um elemento. A degradação é visível, sendo poucos os sinais de que se tratou de um hospital de referência em Lisboa, nomeadamente na área da urologia e dermatologia.

Em algumas paredes exteriores ainda há placas informativas de unidades hospitalares, como o laboratório ou o serviço de dermatologia.

Além do Desterro, a Estamo adquiriu também os hospitais de São José, Santa Marta e Capuchos, ainda em funcionamento e até ao momento sem pagar renda.

Também o Hospital Miguel Bombarda, entretanto desactivado, foi comprado pela Estamo por 24,9 milhões de euros e encontra-se à venda.

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