Famílias resgataram 90 milhões de euros dos certificados de aforro em Setembro

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Foto: Pedro Cunha / PÚBLICO

As famílias continuam a retirar dinheiro dos certificados de aforro e resgataram mais 90 milhões de euros em Setembro, no primeiro mês em que o instituto que gere a dívida pública suspendeu a subscrição de certificados do tesouro.

De acordo com os dados hoje publicados pelo IGCP - agora chamado Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, desde que foi transformado em Entidade Pública Empresarial (EPE) -, o dinheiro aplicado pelos privados em certificados de aforro, no final de Setembro, era de 9,714 mil milhões de euros, contra os 9,752 mil milhões registados no final de Agosto, ou seja, menos 38 milhões de euros.
Em Setembro, as famílias resgataram 90 milhões de euros dos certificados de aforro, tendo subscrito 52 milhões, o que resulta numa saída líquida de 38 milhões de euros. Desde o início do ano, o saldo líquido dos certificados de aforro caiu em 1670 milhões de euros.

Já nos certificados do tesouro as amortizações foram de quatro milhões de euros. Não houve qualquer emissão, uma vez que o instituto que gere a dívida pública portuguesa decidiu, no final de Agosto, suspender as subscrições de Certificados do Tesouro a partir de 1 de Setembro.

Esta decisão aconteceu apenas dois anos depois destes instrumentos terem sido criados pelo então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, para conter a "sangria" que se tem vindo a verificar nos certificados de aforro. Agosto foi o último mês em que era possível subscrever este instrumento.

A 30 de Setembro estavam 1427 milhões de euros investidos pelos particulares nestes instrumentos, menos quatro milhões do que em Agosto. Em virtude da inexistência de emissões, o saldo destes caiu em Setembro, contrariando a tendência que vinha a ser seguida, ainda que os aumentos fossem pouco significativos.Desde o início do ano os particulares aplicaram mais 119 milhões de euros em certificados do tesouro.

O presidente do IGCP, João Moreira Rato, disse recentemente que o instituto que gere a dívida pública está a estudar o lançamento de novos produtos de poupança destinados ao público em geral, os quais deverão ser conhecidos ainda no primeiro semestre de 2013.

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