Mais de 200 empresas recorreram ao programa Revitalizar

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Almeida Henriques aguarda a decisão final das autoridades de gestão do QREN e da comissão de análise do concurso Foto: Rui Gaudêncio

O grupo de empresas que aderiu ao mecanismo de recuperação financeira é responsável por 7595 postos de trabalho e gera receitas de 921 milhões de euros.

Até à passada segunda-feira, 205 empresas tinham aderido ao programa Revitalizar, lançado em Maio pelo Governo, dentro da revisão do Código da Insolvência e Recuperação de Empresas. Trata-se de um mecanismo judicial que permite às sociedades em pré-insolvência negociar com os credores um plano de viabilização financeira.

De acordo com dados cedidos pelo Ministério da Economia, este grupo de empresas é responsável por 7595 postos de trabalho e gera, anualmente, um volume de negócios na ordem dos 921 milhões de euros.

A grande maioria está instalada a Norte do país, onde foram registadas 100 adesões. No centro, deram entrada 53 processos nos tribunais, seguindo-se Lisboa, com 36. Em termos sectoriais, a indústria é a que mais pesa, com 63 casos. O segundo e terceiro lugares são ocupados pela construção (53) e pelo comércio e serviços (ambos com 39).

O primeiro programa foi concluído durante o mês de Outubro, anunciou o Ministério da Economia. Trata-se da empresa Elnor, dedicada ao comércio de equipamentos técnicos e de laboratório, sediada na região Norte e que emprega 50 pessoas.

A empresa, que terá agora de pôr em marcha o plano de recuperação aprovado pelos credores, gera anualmente receitas de 6,2 milhões de euros, mas acumulava dívidas de nove milhões.

Num comunicado enviado às redacções, o secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, afirmou que a escolha dos privados que terão a responsabilidade de gerir os fundos de revitalização, no valor de 220 milhões de euros, será feita em breve.

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