Melhor com Bento, pior com Queiroz

Foto
Com Paulo Bento, os números de Ronaldo na selecção explodiram Foto: Chris Helgren/Reuters

Dos 99 jogos que já realizou com a camisola de Portugal, Cristiano Ronaldo passou por três treinadores na selecção. E três fases muito distintas na vida de CR7. A primeira foi com o brasileiro Luiz Felipe Scolari, cujo auge foi a final do Euro 2004 com a Grécia (derrota por 1-0). “Estive com ele em todos os 99 jogos, o mais significativo talvez tenha sido a derrota no Campeonato da Europa com a Grécia”, conta Carlos Godinho ao jornal “O Jogo”. O dirigente da federação diz que no final desse encontro no Estádio da Luz Ronaldo não parou de chorar.

Foi no reinado de “Felipão” que Ronaldo realizou mais jogos: 58 (25 dos quais na íntegra). Foi ele que o lançou na selecção, deu-lhe a titularidade e também a braçadeira de capitão. Alcançou 34 vitórias e somou quatro derrotas. Entre estas, o desaire no jogo para o terceiro lugar no Mundial da Alemanha, em 2006 - derrota com o anfitrião por 3-1 -, e ainda nos quartos-de-final do Euro 2008, eliminado novamente pelos alemães, por 3-2.

Com a saída do brasileiro, chegaria Carlos Queiroz em Outubro de 2008. Foi com o técnico com quem já se tinha cruzado no Manchester United (quando este era adjunto de Alex Ferguson no clube inglês) que Ronaldo apresentou menor produtividade.

Nos 18 jogos, venceu nove (duas derrotas), mas marcou apenas dois golos: um no jogo de preparação com a Finlândia e outro contra a Coreia do Norte, no Mundial da África do Sul, na goleada por 7-0.

Seria com Paulo Bento que os números de Ronaldo iriam explodir. Em 23 jogos, marcou 14 golos - precisa de 1,6 jogos para marcar um golo, melhor que a média com Queiroz (9 jogos) e que a conseguida com Scolari (2,7). Hoje é o jogo 100, na corrida para mais um Mundial, Brasil 2014.

Sugerir correcção
Comentar