Vale e Azevedo começa a ser julgado por alegado desvio de quatro milhões

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A audiência decorre sem a presença do antigo presidente do Benfica Foto: Miguel Silva

João Vale e Azevedo, que presidiu ao Benfica entre 1997 e 2000, começa a ser julgado nesta terça-feira pelos crimes de peculato de quatro milhões de euros do clube, de branqueamento de capitais, de falsificação de documentos e abuso de confiança.

A primeira audiência, sem a presença de Vale e Azevedo, a aguardar em Londres a decisão do processo de extradição para Portugal, está agendada para as 09h30, na 3.ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça.

Presidente do Benfica de 3 de Novembro de 1997 a 31 de Outubro de 2000, Vale e Azevedo está indiciado de alegada apropriação indevida de quatro milhões de euros resultantes das transferências dos futebolistas Scott Minto, Gary Charles, Amaral e Tahar el Khalej.

João Vale e Azevedo pediu a nulidade da acusação, com a alegação de que tinha uma conta corrente com o Benfica, clube que viveu uma crise financeira de 1998 a 2000, com algumas contas a serem penhoradas de 24 de Abril a 13 de Junho de 1998.

Este julgamento esteve marcado para 12 de Outubro de 2011, mas o juiz do processo optou por não o realizar à revelia de Vale e Azevedo, por não ter sido possível a sua notificação em Londres.

Em Julho de 2010, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Ministério do Interior britânico que indicasse a morada de Vale e Azevedo na capital britânica. Em resposta à carta rogatória da PGR, as autoridades inglesas referiram que “a morada está incompleta” e que “resultaram infrutíferas as relevantes pesquisas para encontrar o correcto endereço” de Vale e Azevedo em Londres.

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