TAP atrai três investidores para privatização

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Investidor terá de entrar logo com 500 milhões de euros para tirar capitais próprios de terreno negativo Raquel Esperança

A colombiana Avianca, de Germán Efromovich, é uma das três candidatas à compra da transportadora aérea, que o Governo quer fechar ainda este ano.

Apesar de todos os nomes que foram sendo lançados como candidatos à privatização da TAP, apenas três investidores avançaram com ofertas não vinculativas e continuam, por isso, na corrida à venda da transportadora aérea estatal, que o Governo quer fechar ainda este ano. O gigante IAG, que resultou da fusão entre a British Airways e a Iberia, foi dos interessados que desistiu. As propostas finais deverão ser entregues em meados de Novembro.

O PÚBLICO apurou que, de entre os investidores que consultaram o memorando de informação preparado pelo Governo, restam apenas três para a próxima fase do processo de privatização da TAP, na qual terá de ser apresentada uma proposta definitiva para comprar a empresa. Desse grupo faz parte a colombiana Avianca, do milionário Germán Efromovich, que se posicionou como um dos mais fortes candidatos à aquisição da companhia de aviação nacional.

Não foi possível apurar quais os nomes dos restantes dois candidatos, embora se saiba já que essa lista não vai incluir o gigante europeu da aviação IAG. O grupo, que nasceu da fusão entre a British Airways e a Iberia, foi o primeiro a fazer uma manifestação pública de interesse nesta privatização, mas já em Maio o presidente, Willie Walsh, tinha declarado ao Financial Times que a intenção tinha esmorecido, fruto dos atrasos que o processo foi sofrendo.

Na sequência de uma notícia da Bloomberg que dava conta da desistência do IAG, fonte oficial do grupo explicou ao PÚBLICO o motivo da decisão. “Como já tínhamos referido, o nosso interesse na TAP diminuiu ao longo dos últimos 12 meses e, após a análise mais pormenorizada, agora efetuada, confirmámos que não iremos prosseguir no processo”, referiu, acrescentando que a venda da transportadora aérea portuguesa “não se enquadra nos actuais planos”.

Inicialmente, o Governo tinha previsto fechar a 7 de Setembro a fase das ofertas não vinculativas, mas o prazo acabou por derrapar uma semana. A privatização da TAP, que obrigará o investidor a entrar de imediato com mais de 500 milhões de euros para tirar os capitais próprios da companhia do vermelho, terá de acontecer em articulação com a venda da ANA e salvaguardar o hub [placa giratória] de Lisboa.

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