Códice Calixtino exposto mais uns dias devido a grande adesão do público

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O Códice pode ser visto até quinta-feira AFP

A exposição em Santiago de Compostela do Códice Calixtino, roubado em Julho do ano passado e recuperado pela polícia há cerca de um mês, foi prolongada até quinta-feira, 30 de Agosto, devido à grande afluência de público. Inicialmente, estava previsto que o livro do século XII apenas estivesse exposto durante quatro dias.

Em comunicado, os responsáveis da Catedral de Santiago, onde está a exposição, mais precisamente no Pazo de Xelmírez de Santiago, anunciaram o prolongamento da exposição, de forma a poderem dar resposta à grande procura. A “medida excepcional” tem como objectivo, diz o comunicado, permitir que o maior número de pessoas possível possa ver o manuscrito.

Segundo o diário espanhol ABC, a exposição está a receber cerca de dois mil visitantes por dia, numa média de 200 pessoas por hora. Um número extremamente alto e que obrigou os responsáveis a repensarem as datas.

Para os que quiserem conhecer a história desta raridade e observar o original, numa oportunidade quase única, têm então mais esta oportunidade para o fazer, depois disso o Códice Calixtino volta para o cofre, de onde foi roubado no ano passado por um ex-trabalhador da Catedral, detido em Julho. Ao público ficará depois exposta uma cópia do livro, que é conhecido como o primeiro guia do Caminho de Santiago.

O curto tempo da exposição deve-se ao elevado custo do dispositivo de segurança posto em marcha para proteger a obra durante o tempo que permanece exposta ao público. De acordo com o ABC, a exposição tem sido procurada não só por galegos, como também por turistas e peregrinos.

A exposição, que é gratuita, é sobre a história do Códice Calixtino, a Catedral e a cidade de Santiago.

O Códice Calixtino, ou Codex Calixtinus, é um livro do século XII e tem um valor incalculável. O manuscrito estava guardado numa caixa forte no arquivo da catedral e o seu desaparecimento, em Julho do ano passado, tinha sido considerado um dos mais graves cometidos contra o património histórico e artístico espanhol.

Quando este ano foi descoberto numa garagem nos arredores de Santiago, ficou-se a saber que o responsável pelo roubo tinha sido um homem que trabalhou durante 25 anos na Catedral.

Até ao roubo, o Códice Calixtino, que descreve pela primeira vez os detalhes de várias das rotas do Caminho de Santiago, apenas tinha saído por duas ocasiões da catedral, mas nunca de Santiago da Compostela.

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