Vítor Pereira: "Ficaram dois penáltis claros por assinalar"

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Vítor Pereira em Barcelos Foto: AFP

O treinador do FC Porto queixou-se da arbitragem após o empate em Barcelos e reconheceu que a sua equipa foi muito lenta, enquanto Paulo Alves chamou a atenção para o mérito do Gil Vicente.

Paulo Alves (treinador do Gil Vicente)

"Não foi o nosso primeiro objectivo (não deixar jogar). Levam sempre estes resultados mais para demérito do clube grande do que para o mérito do mais pequeno.

Não podemos ombrear de igual para igual com FC Porto, ou Benfica e Sporting. Tivemos algumas dificuldades para preparar a equipa. Até sexta-feira, deveriam ter chegado certificados (dos reforços), que não chegaram, e tivemos que preparar o jogo com as opções que tínhamos.

Fizemo-lo e adaptámos o que nos parecia melhor contra o FC Porto. Tivemos que anular as suas opções e provámos que será difícil ganhar ao Gil se mantivermos muito empenho e solidariedade.

Queria realçar o factor de entreajuda da equipa, que conseguiu bater-se muito bem. Apesar do maior ascendente e mais oportunidades do FC Porto, foi um resultado justo. Lutámos muito para conseguir este ponto, que é bom para nós.

Não ficou nenhum jogador de fora por opção. Entre lesionados e jogadores já inscritos, só podíamos jogar com os que trouxemos hoje.

Isso ("pontapé para a frente e fé em deus") já acabou. As minhas equipas trabalham com plano de exigência muito alto. O que digo é que não temos que temer ninguém. Se formos sólidos e anularmos os factores mais fortes dos adversários, conseguimos pontos e vitórias.

Temos que ser humildes na abordagem aos jogos, mas nunca subservientes. E jogamos com as armas que temos. Mal seria se os orçamentos ou as cores das camisolas decidissem jogos.

(Vítor Pereira queixou-se de duas grandes penalidades não assinaladas) Os meus jogadores também me falaram de uma mão de Otamendi na área do FC Porto. Mas não comento, porque não vi. Não me pareceu, no geral, que Duarte Gomes tivesse errado".

Vítor Pereira (treinador do FC Porto)

"Defrontámos um adversário que se fechou muito. Recordo-me apenas de um remate à baliza (de Helton). Jogou com os seus argumentos, foi uma equipa fechada, numa relva lenta, que não permite circulação rápida.

Na primeira parte, não acelerámos, procurámos espaços, mas só uma ou outra vez o conseguimos, e em ritmo lento.

Aliado a isto, acho que o jogo esteve demasiado tempo parado. Tínhamos que esperar não sei quanto tempo para o reatar, com muita quebra de ritmo de jogo. Nunca tivemos sequência para impor velocidade maior.

Na segunda parte, procurámos forçar o bloco (gilista), que não saía lá de trás, com mais envolvimentos e cruzamentos. Mas houve ainda mais quebras e mais tempos mortos. Bem espremido, dá muito pouco tempo de jogo corrido e muito parado.

Apesar de uma ou outra situação, não concretizámos e fomos penalizados por isso. Não conseguimos muitas situações de ruptura. Fomos sólidos, mas está a faltar aceleração de jogo contra defesas compactas. Temos que acelerar mais o jogo, procurar passes e mais profundidade para abrir as linhas do adversário.

Do que vi, ficaram dois penáltis claros por assinalar, em lances de bola parada, com situações sobre o Mangala e sobre o Kléber, que foram agarrados na área. Esses penáltis têm que ser marcados.

Acabou por dar empate, o que não nos satisfaz, mas não posso dizer que não tentámos.

(Aposta em Mangala) Mexer numa linha defensiva que está trabalhada, sincronizada e para entrar o Alex, que chegou há pouco tempo, também seria um risco. Optámos numa primeira fase por manter linha, que está sólida, e depois entendemos que teríamos que arriscar mais um bocadinho. De futuro, não há dúvida, que jogaremos com lateral esquerdo e não com central adaptado.

Jackson e Hulk têm muito pouco tempo juntos. Acredito que vão criar rotinas”.

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