Mais de 1,3 milhões de pessoas excluídas do mercado de trabalho

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Os inactivos disponíveis, mas que não procuram emprego eram 217 mil no segundo trimestre Foto: Paulo Pimenta

Havia mais de 1343 milhões de pessoas excluídas do mercado de trabalho no segundo trimestre deste ano, de acordo com números hoje publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As estatísticas do emprego do INE mostram que havia, no segundo semestre deste ano, 827 mil desempregados. No entanto, o INE também contabiliza números para trabalhadores em situação de subemprego e para inactivos que desejam ter emprego.

Estes dados foram hoje apresentados sob a forma de três novos indicadores suplementares, que seguem as normas definidas a nível europeu pelo Eurostat: subemprego de trabalhadores a tempo parcial; inactivos à procura de emprego, mas não disponíveis; e inactivos disponíveis, mas que não procuram emprego.

O subemprego de trabalhadores a tempo parcial, que abrangia 266 mil pessoas no segundo trimestre, refere-se a pessoas com trabalho em part time dispostas a trabalhar mais horas.

Esta definição substitui a previamente utilizada pelo INE para o subemprego -- o chamado subemprego visível. Para 2011, o subemprego visível abrangia 174 mil pessoas; o subemprego de trabalhadores a tempo parcial incluía 220 mil pessoas.

Os inactivos à procura de emprego, mas não disponíveis eram 38 mil no segundo trimestre. São pessoas que embora tenham procurado activamente emprego não estavam disponíveis para trabalhar de imediato (por estarem, por exemplo, à espera dos resultados de uma entrevista de emprego ou por já terem aceite um emprego que só começará numa data posterior).

Os inactivos disponíveis, mas que não procuram emprego eram 217 mil no segundo trimestre; trata-se neste caso de indivíduos que estavam prontos para trabalhar, mas, por uma série de razões, não procuraram activamente emprego.

Somando os indivíduos nestas categorias ao número de desempregados, chega-se a um número total de 1343 milhões de pessoas. A taxa de desemprego atingiu um novo máximo histórico, 15%.

O Governo e a troika têm manifestado “grande preocupação” e surpresa com a evolução do desemprego. Depois de rever os seus métodos de cálculo, o Governo prevê que a taxa atinja uma média de 15,5% para o total de 2012, subindo para 16% em 2013.

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