Oliveira do Hospital cria “Escola Feliz” para alunos com dificuldades

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Por causa da Páscoa, o 3.º período de aulas vai ser mais curto Foto: Nelson Garrido

A Câmara de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, vai lançar este mês um projeto-piloto para melhorar a aprendizagem e o comportamento escolar de alunos do primeiro ciclo do ensino básico, seguindo a estratégia de “aprender brincando”.

O projecto “Escola Feliz” inicia-se na última semana de Agosto e ocupará mais uma ou duas semanas de Setembro, dependendo da data de abertura oficial do ano lectivo.

José Francisco Rolo, vice-presidente da autarquia, adiantou à Lusa que o projecto vai decorrer a título experimental no Agrupamento Brás Garcia de Mascarenhas, o maior do concelho, com mais de 1500 alunos, devendo estender-se no ano lectivo seguinte aos restantes três agrupamentos de escolas de Oliveira do Hospital.

Nesta fase serão integrados no projecto quatro dezenas de alunos, dos 6 aos 9 anos, que foram identificados com dificuldades de aprendizagem, com contextos familiares não propícios a uma aprendizagem estruturada, e com comportamentos de hiperactividade e de falta de atenção, explicou.

Trata-se de “um programa ocupacional para consolidar a aprendizagem do último ano lectivo e preparar o arranque do próximo ano”, referiu, acrescentando que aquelas crianças vão aprender, nomeadamente, métodos de estudo, de concentração ou de investigação.

“Num ambiente sadio, de relaxamento, vão descobrir a riqueza histórica, cultural e patrimonial da comunidade, mas também relembrar a matéria do ultimo ano”, participando em exercícios lúdicos em que utilizarão a língua portuguesa, a matemática e o inglês, explicou.

Os monitores serão alunos do último ano de cursos superiores de Coimbra, e Viseu, das áreas da educação e psicologia, que assim terão uma experiência profissional ainda no período académico.

José Francisco Rolo referiu que esta intervenção é encarada pela autarquia com relevância acrescida numa altura em que Ministério da Educação decidiu aumentar o número de alunos por turma, reduzir o número de professores e não renovar contratos com psicólogos escolares.

“Temos de ter uma atenção redobrada para os problemas que crescem no espaço da escola. As escolas são hoje panelas de pressão onde borbulham os problemas das famílias”, afirma José Francisco Rolo.

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