O jovem dirigente da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, recebeu o título de marechal das Forças Armadas, anunciou esta terça-feira a agência oficial KCNA. O seu pai, Kim Jong-Il, a quem Jong-Un sucedeu após a sua morte, em Dezembro de 2011, também detinha esse título.

Este anúncio faz supor que Kim Jong-Un, com menos de 30 anos, está a tentar consolidar o seu poder junto das Forças Armadas, depois de o chefe de um dos maiores exércitos do mundo em número de efectivos ter sido destituído de todas as suas funções, no passado domingo. Ri Yong-Ho, considerado uma das figuras-chave do regime, foi destituído durante o fim-de-semana de todas as suas funções, nomeadamente da chefia das Forças Armadas, “por razões de saúde”, indica a AFP, acrescentando que isso terá sido, segundo vários analistas, um pretexto para deixar o caminho livre para Kim Jong-Un.

Dois depois após esta saída, a agência noticiosa estatal KCNA anunciava esta terça-feira a decisão de outorgar o título de “Marechal da República Popular Democrática da Coreia” a Kim Jong-Un, comandante supremo do Exército do Povo da Coreia.

A decisão foi tomada pelas mais altas figuras do Estado e do partido.

Kim Jong-Un já tinha sido nomeado general em Setembro de 2010, uma decisão interpretada à época como um sinal que ele teria sido o escolhido para suceder ao seu pai, num país que persiste como a única dinastia comunista do mundo.

Este anúncio acontece igualmente depois de Pyongyang ter ontem anunciado a promoção de uma figura próxima do regime, Hyon Yong-Chol, ao grau de vice-marechal.

O exército norte-coreano conta com 1,2 milhões de soldados, o que o torna no quarto exército do mundo em número de efectivos.

corrige, no segundo parágrafo, a referência a Ri Yong-Ho, que não se demitiu mas foi destituído de funções