CGTP admite futuras acções de luta com a UGT

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Carlos lamentou os protestos violentos PÚBLICO

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, admitiu hoje avançar para acções de luta com a UGT, à saída de um plenário dos Carteiros do Centro de Distribuição Postal de Leiria, que estão em greve desde quarta-feira.

“Estamos sempre disponíveis, como sempre estivemos, para promover unidade na acção com todos os trabalhadores, de acordo com uma discussão aberta, sem tabus e sem preconceitos”, sublinhou o líder da central sindical, depois de questionado pelos jornalistas sobre uma possível concertação de formas de luta em articulação com a UGT.

Arménio Carlos acrescentou que “hoje, mais do nunca, todos devem estar unidos para defender não só os seus direitos, mas também o futuro de Portugal”, sustentando que se perspectiva um ano de luta dos trabalhadores.

Um protesto que justifica pelo que “está a acontecer no país, com a redução de salários e do rendimento das famílias, com o aumento das desigualdades, com os lucros fabulosos dos grupos económicos e financeiros e a recapitalização da banca que é feita à custa dos nosso impostos”.

Em Leiria, salientou Arménio Carlos, os trabalhadores dos CTT “não estão apenas a lutar pela defesa dos seus direitos, mas também pela melhoria do serviço público de distribuição postal”, que está a ser posto em causa”, garantiu.

De greve até ao dia 21 de Julho, após o plenário desta manhã os trabalhadores decidiram “retomar a greve no dia 25 deste mês até 10 de Agosto”, informou a dirigente nacional do Sindicato nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, Dina Serrenho.

A sindicalista disse ainda que a decisão de avançar para esta esta nova greve parcial, que começa ao segundo período de trabalho, pretende reforçar junto da administração dos CTT a determinação dos trabalhadores.

Dina Serrenho lamenta a retirada “de um horário que lhe garantia mais 200 euros por mês, com a agravante de existirem casais a trabalhar [no mesmo local]”, explicando que a exigência dos funcionários passa “pelo regresso ao trabalho às 6h, para que possam assegurar este subsídio e a qualidade do serviço”.

Já o responsável pela rede de atendimento e distribuição dos CTT a nível nacional frisou que a perda desse subsídio explica-se “pela alteração do horário nocturno, pelo tratamento automático” que permite operações com menor recurso a pessoal, bem como ao facto de Leiria ter perdido 20% do fluxo de correio.

Hernâni Santos destacou, contudo, que os CTT avançaram com “uma compensação correspondente a dois anos de subsídios”, que já foi paga aos trabalhadores afectados, garantindo que em todo o processo foram cumpridas as normas legais.

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