Eleições presidenciais do México vão para recontagem parcial

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Manuel López Obrador, dado como derrotado, pediu uma recontagem total Alfredo Estrella/AFP

As autoridades eleitorais mexicanas anunciaram que vão fazer uma recontagem parcial dos votos do sufrágio presidencial do passado domingo, em que foi dada a vitória a Enrique Peña Nieto, mas cujos resultados foram contestados pelo seu rival, Manuel López Obrador, alegando que ocorreram irregularidades.

O Instituto Federal Eleitoral disse que procederá à recontagem de mais de metade das assembleias de voto – mais de 78 mil das 143 mil urnas de voto – dando aval a que foram encontradas “inconsistências” na contagem inicial. O resultado recontado, final e oficial, deverá ser conhecido no próximo domingo, disse a porta-voz do organismo, Ana Fuentes.

As leis eleitorais mexicanas prevêem a recontagem de votos sempre que são detectadas inconsistências nos relatórios da contagem, ou existe uma diferença de apenas um ponto percentual ou menos entre o primeiro e segundo candidato ou se todos os votos numa única urna são todos no mesmo candidato.

Com 99% dos votos contados, os resultados preliminares davam ontem o triunfo ao candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI, de direita), com 38%, com Obrador, do Movimento progressista (de esquerda), a reunir 32% dos votos – este último contestou prontamente os resultados, recusou aceitar a derrota e exigiu a contagem total dos votos, denunciando que a campanha ficou marcada por compras de votos e um tratamento favorável dado ao adversário pelos media no país, em particular a semi-monopolizada indústria televisiva.

As autoridades eleitorais revelaram que vão proceder igualmente à recontagem parcial dos boletins para as eleições intercalares para o Senado – 61% das assembleias de voto – assim como das para a câmara baixa do Congresso – 60% das assembleias de voto.

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