Dos dez suspeitos em fraude com medicamentos, quatro ficam em prisão preventiva

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A investigação começou em meados de 2011

Quatro dos dez detidos no âmbito da "Operação Remédio Santo", uma megafraude com medicamentos, vão aguardar julgamento em prisão preventiva, três ficam em prisão domiciliária com pulseira electrónica e outros três terão de apresentar-se periodicamente às autoridades. As medidas de coacção acabam de ser anunciadas pelos advogados dos arguidos à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.

Os dez foram detidos na segunda-feira pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, no âmbito de uma investigação de fraudes com medicamentos que pode ter lesado o Estado em 50 milhões de euros. A médica envolvida ficou em prisão domiciliária, acusada dos crimes de burla qualificada, associação criminosa e falsificação de documentos, segundo disse à Lusa o advogado que a representa.

A investigação começou em meados de 2011, após várias denúncias. Os clínicos emitiriam receitas de medicamentos comparticipados em nome de doentes que não sabiam de nada e nalguns casos até já tinham morrido.

A venda seria simulada por farmácias, que dariam baixa dos remédios nos seus stocks. O Estado pagava a comparticipação de fármacos que nunca chegavam aos doentes e os remédios eram reintroduzidos no mercado, tanto a nível interno como para exportação. Os medicamentos usados eram comparticipados quase na totalidade (95%) e alguns chegavam a custar 300 euros por embalagem.

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