Secretário de Estado quer Metro do Mondego no terreno

O secretário de Estado dos Transportes assegurou nesta quarta-feira em Coimbra, querer que o projecto do Metro do Mondego (MM) “esteja no terreno o mais rapidamente possível”, incluindo a parte relativa à zona urbana daquela cidade.

Sérgio Silva Monteiro falava aos jornalistas depois de ter participado numa reunião do grupo de trabalho para a reprogramação do projecto do MM, presidido pelo ex-presidente da Câmara de Coimbra Carlos Encarnação e do qual também fazem parte os presidentes dos municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo e representantes do Ministério da Economia, da Secretaria de Estado dos Transportes, da CP - Comboios de Portugal e da Refer.

“A reunião foi muito produtiva” e “estamos focados no propósito de conseguir que o projecto esteja no terreno o mais rapidamente possível”, sublinhou o governante.

O grupo de trabalho “tem hoje mais informação para poder elaborar o seu relatório”, que deve resultar de “um consenso alargado sobre o sistema de mobilidade para esta região” que “não cubra apenas o ramal [ferroviário] da Lousã, mas que tenha a parte de Coimbra incluída”, sustentou.

No seu entender, a requalificação urbana da Baixa de Coimbra deve igualmente ser “incluída nessa mesma análise”.

O secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações voltará a Coimbra para participar numa reunião daquela comissão dentro de cerca de um mês para “fazer o ponto da situação e verificar como decorrem os trabalhos”, de modo a assegurar que em Agosto - a data prevista - haja um relatório com o qual todos os intervenientes do grupo se sintam “confortáveis”.

Os autarcas das três câmaras envolvidas no projecto manifestaram-se satisfeitos com a reunião, em primeiro lugar por ter contado com a presença do secretário de Estado, “normalizando as relações institucionais” e “credibilizando o processo e o grupo de trabalho”, salientou aos jornalistas o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes (PS).

O Governo não participou na primeira reunião do grupo de trabalho, em 30 de Maio, e no dia seguinte voltou a faltar à assembleia-geral da MM, atitude que fez com que os autarcas reagissem, tendo então o presidente da Câmara de Coimbra, João Paulo Barbosa de Melo (PSD), advertido que o executivo central “não pode brincar” com a cidade e a região.

A possibilidade de o projecto do MM se candidatar a fundos comunitários, equacionada durante a reunião de hoje, foi salientada pelos autarcas. A presidente do município de Miranda do Corvo, Fátima Ramos (PSD), adiantou que, “no imediato, podem ser disponibilizados 15 milhões de euros” para o empreendimento.

“Temos a certeza de que o Governo vai assumir as suas responsabilidades, que hoje veio aqui, explicitamente, reiterar”, através do secretário de Estado desta área, sustentou o presidente da Câmara de Coimbra, sublinhando, que Sérgio Silva Monteiro garantiu no encontro que o projecto é irreversível e que “está definido o seu modelo”.

Criado pelo Secretário de Estado dos Transportes, o grupo de trabalho deverá rever os pressupostos que estiverem na base das decisões relativas ao sistema de mobilidade do Mondego e analisar os diferentes cenários para a sua configuração, de modo a “adequar o projecto aos níveis de procura e às possibilidades do país e dos accionistas” da sociedade MM, “reduzindo substancialmente o esforço financeiro a ele associado”.

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