A República Checa redimiu-se da goleada que sofreu frente à Rússia e venceu nesta terça-feira (2-1) a Grécia, que não conseguiu compensar os dois golos checos nos primeiros cinco minutos.

Uma oferta de Cech ainda chegou a dar esperanças a Fernando Santos, mas a Grécia não conseguiu mais numa partida em que brilhou Pilar e que deixou o grupo em aberto para a última jornada.

O jogo ficou marcado pelo início fulgurante checos que, aos 5’, já ganhavam por 2-0. Com golos de Jaricek e Pilar. Dois extremos, que actuavam no Plzen e que na próxima temporada vão representar o Wolfsburgo. Václav Pilar, um jovem de 23 anos, acabou mesmo por ser a figura da partida. Pela sua criatividade e técnica que transformou a tarde desta terça-feira num inferno para o lateral Torosidis.

Trata-se de um checo que se deu a conhecer ao serviço do campeão Plzen. Agora está a brilhar neste Euro. Já tinha conseguido um golo na partida de estreia frente à Rússia e agora voltou a marcar, o que o coloca na lista dos melhores marcadores da prova, a par de Shevchenko e Dzagoev.

O golo (5’) frente aos gregos, porém, apareceu, aos 5’, com alguma sorte, quando concluiu com o joelho uma jogada iniciada em Rosicky e continuada por Selassie, que tirou um cruzamento primoroso. Antes, Jiracek, aos 3’, tinha aproveitado uma perda de bola de Torosidis e um passe excelente de Hubschmann para colocar a equipa a ganhar.

Na Grécia, as alterações de Fernando Santos (pelo castigo Papastathopoulos e a lesão de Avraam Papadopoulos) não funcionaram. A equipa foi tolhida pelos dois golos. O único sinal de vida na primeira parte apareceu, aos 40’, num cabeceamento de Fotakis que acabou no fundo da baliza de Cech, mas que foi anulado por fora-de-jogo.

Na segunda parte, Fernando Santos reestruturou a equipa. Tirou Fotakis e colocou Gekas, que passou a jogar como ponta-de-lança. E, aos 52’, chegou ao golo num disparate enorme de Cech que deixou escapar um cruzamento sem perigo de Samaras, para Gekas a reduzir a desvantagem.