Madrid defende que bancos não precisarão de ajudas de fora e admite mais recessão

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O ministro da Economia, Luis de Guindos, diz que "não vão fazer falta mais capitais da Europa" François Lenoir/Reuters

O ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, defendeu hoje que os bancos não vão precisar de ajuda externa e admite recessão no segundo trimestre.

O governante, que falava num encontro organizado pelo jornal Cinco Dias, afirmou que “não vão fazer falta mais capitais da Europa, se fizerem falta já estão no FROB (Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária)”.

Guindos também indicou que o Bankia tem um bom nível de solvência e disse que o Governo destinará 7500 milhões de euros a essa instituição, que considera agora “mais segura do que era há um mês”, cita o jornal Cinco Dias.

O ministro recordou que o Governo de Madrid ainda vai anunciar quais são as duas entidades que irão avaliar os bancos espanhóis.

Guindos sublinhou que os investimentos imobiliários em Espanha estão suficientemente cobertos, mas existem dúvidas sobre a necessidade de provisionamento noutras áreas de investimento. Também espera que a recessão económica continue no segundo trimestre deste ano e considera que “a reforma orçamental é inevitável”.

As estimativas do Governo são que o PIB irá recuar no segundo trimestre, num nível semelhante ao que sucedeu nos primeiros três meses do ano, quando reduziu 0,3% e marcou a entrada da Espanha em recessão.

"A Espanha vive um momento difícil, mas a Espanha tem um Governo que sabe o que deve fazer", acrescentou Guindos, que recordou os objectivos de redução do défice orçamental: 5,3% em 2012 e 3% no próximo ano.

Recentemente, soube-se que o défice espanhol em 2011 foi maior do que previsto, chegando aos 8,9% em vez de 8,51%.

Notícia actualizada às 10h22

Acrescentou-se informação sobre as previsões para a economia

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