Câmara de Évora cria rede social

Cerca de um quinto da população do concelho de Évora vive em situação de emergência social, podendo beneficiar de uma rede solidária, que envolve o município, a administração central e os setores social e empresarial.

O denominado “SolidÉvora”, apresentado hoje na cidade alentejana, foi criado pelo município e mais de uma centena de parceiros locais e visa combater a pobreza e a exclusão social, dando uma resposta emergente à actual conjuntura socioeconómica do país.

“Cada uma das instituições tem a sua área de intervenção”, mas, com a rede social, “damos a conhecer” umas às outras os recursos que cada uma dispõe para “quando um utente não encontrar o que precisa possa ser encaminhado para outra e ter esse apoio”, precisou a vereadora Cláudia Sousa Pereira.

A responsável deu o exemplo de uma pessoa que precisa de uma cama articulada e que recorre à Caritas Diocesana de Évora, mas, se a instituição não tiver esse equipamento, pode consultar uma base de dados e encaminhar o utente para outra entidade que tenha o equipamento.

“Isto é fazer funcionar a rede social, que, muitas vezes, tem acontecido mas sem conhecimento”, o que, por vezes, “cria uma acumulação de equipamentos que não são utilizados” e faz com que “algumas instituição fiquem demasiado sobrecarregadas quando outras têm coisas para dar”, disse.

Lembrando que outros municípios do país optam pela abertura de lojas sociais, que implicam “a existência de um espaço de acesso fácil e discreto e de funcionários”, a vereadora considerou que “este sistema pretende ser a grande loja social”.

Cláudia Sousa Pereira realçou que o projecto pretende conquistar novos parceiros que, “querendo dar, o façam de forma concertada e sabendo que aquilo que vão dar vai chegar a quem precisa”.

O “SolidÉvora”, que abrange todas as faixas etárias, vai dar resposta na área alimentar, vestuário e calçado e no acesso à saúde e à educação.

No concelho de Évora, com pouco mais de 50 mil habitantes, segundo o município, estão identificadas cerca de 10 mil pessoas em emergência social.

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