LPN exige levantamento de coral raro na costa portuguesa

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Em Portugal, a distribuição dos corais vermelhos é praticamente desconhecida Daniel Rocha

O Governo deve fazer um levantamento da distribuição do coral vermelho na costa portuguesa, exige a Liga para a Protecção da Natureza (LPN). Na semana passada, a Polícia Marítima apreendeu 32 quilos destes corais raros e em extinção.

A LPN vai contactar a Secretaria de Estado do Mar e o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade para “exigir o levantamento da distribuição das zonas mais importantes para protecção expressa desta espécie na costa portuguesa, e mais apoio às acções de fiscalização”, escreveu ontem em comunicado.

Na sexta-feira passada, a Polícia Marítima de Lagos e Portimão apreendeu 32 quilos de um tipo de coral vermelho de águas profundas, cujo valor é comparável ao do marfim, e deteve seis pessoas – três de nacionalidade espanhola e três de nacionalidade portuguesa – por captura ilegal.

“Em Portugal, a distribuição e estatuto de conservação dos corais vermelhos são praticamente desconhecidos, o que faz com que estes sejam especialmente vulneráveis” à exploração ilegal, considera a LPN. Ainda assim, estes corais estão protegidos pela Directiva Habitat e pela Convenção de Berna.

Os corais vermelhos são em si próprios organismos muito vulneráveis, “com um ciclo de vida muito longo, só atingindo a maturidade sexual aos 7-12 anos de idade". Como crescem apenas 0,25 a 1,5 mm por ano, a LPN estima que os exemplares apreendidos pela Polícia Marítima tenham idade superior a 40 anos.

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