Quedas da produção industrial e comércio a retalho menos acentuadas em Fevereiro

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A produção industrial caiu 6,2% entre Janeiro e Março, face aos mesmos meses de 2011 Foto: Joana Bourgard

As quebras da produção industrial e do comércio a retalho foram menos acentuadas em Março, com descidas de 5,8% e de 4,8%, em relação ao mesmo mês do ano passado, mostram dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em queda há mais de um ano, o índice de produção industrial continuou em contracção em Março, mas apresentou uma variação menos negativa: a taxa foi superior em 1,4 pontos percentuais à registada em Fevereiro.

Entre os grandes agrupamentos de produção industrial que são contabilizados no índice do INE, apenas o de bens de investimento cresceu (2,8% comparativamente a Março do ano passado).

A produção de energia recuou 19,3% em termos homólogos, continuando com a queda mais relevante do índice. Nos bens intermédios, a produção caiu 5,2%, enquanto nos bens de consumo a actividade registou uma diminuição de 1,8%.

Nos primeiros três meses do ano, o índice diminuiu 6,2%, face aos mesmos meses de 2011.

Com a economia em recessão, os salários a cair e a austeridade a reflectir-se numa diminuição de vendas no mercado nacional, o volume de negócios no comércio a retalho continua negativo, a acompanhar a queda do consumo privado.

Ainda assim, o índice caiu menos em Março do que no mês anterior, o que o INE atribui às quedas menos acentuadas nas vendas de produtos alimentares e não alimentares.

Enquanto o agrupamento de produtos alimentares tinha caído 7,4% homólogos em Fevereiro, a variação negativa de Março foi de 3,2%.

Nos produtos não alimentares a quebra homóloga de Fevereiro tinha sido de 9% e foi agora de 6,4%.

O índice de emprego no comércio a retalho recuou 6,3% em relação a Março do ano passado, piorando em relação ao mês anterior, quando a queda homóloga foi de 5,8%.

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