Quedas da produção industrial e comércio a retalho menos acentuadas em Fevereiro
As quebras da produção industrial e do comércio a retalho foram menos acentuadas em Março, com descidas de 5,8% e de 4,8%, em relação ao mesmo mês do ano passado, mostram dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em queda há mais de um ano, o índice de produção industrial continuou em contracção em Março, mas apresentou uma variação menos negativa: a taxa foi superior em 1,4 pontos percentuais à registada em Fevereiro.
Entre os grandes agrupamentos de produção industrial que são contabilizados no índice do INE, apenas o de bens de investimento cresceu (2,8% comparativamente a Março do ano passado).
A produção de energia recuou 19,3% em termos homólogos, continuando com a queda mais relevante do índice. Nos bens intermédios, a produção caiu 5,2%, enquanto nos bens de consumo a actividade registou uma diminuição de 1,8%.
Nos primeiros três meses do ano, o índice diminuiu 6,2%, face aos mesmos meses de 2011.
Com a economia em recessão, os salários a cair e a austeridade a reflectir-se numa diminuição de vendas no mercado nacional, o volume de negócios no comércio a retalho continua negativo, a acompanhar a queda do consumo privado.
Ainda assim, o índice caiu menos em Março do que no mês anterior, o que o INE atribui às quedas menos acentuadas nas vendas de produtos alimentares e não alimentares.
Enquanto o agrupamento de produtos alimentares tinha caído 7,4% homólogos em Fevereiro, a variação negativa de Março foi de 3,2%.
Nos produtos não alimentares a quebra homóloga de Fevereiro tinha sido de 9% e foi agora de 6,4%.
O índice de emprego no comércio a retalho recuou 6,3% em relação a Março do ano passado, piorando em relação ao mês anterior, quando a queda homóloga foi de 5,8%.