Dívidas podem afastar V. Guimarães das provas europeias

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Haja fé Foto: Nelson Garrido

O Vitória de Guimarães, sexto classificado da Liga, pode ficar de fora das competições europeias da próxima temporada por causa das dívidas que não saldou até 31 de Março.

A notícia, veiculada nesta sexta-feira pelo diário desportivo “Record”, foi confirmada à agência Lusa pelo vice-presidente para a área do futebol, Luís Cirilo, que salvaguardou, contudo, que o clube ainda não recebeu qualquer notificação da UEFA.

Para o Vitória de Guimarães poder participar na terceira pré-eliminatória da Liga Europa na próxima época terá que segurar o sexto lugar e esperar que o Sporting vença a Taça de Portugal diante da Académica. No entanto, as dívidas acumuladas pela anterior direcção, liderada por Macedo da Silva, podem fazer ruir esse sonho.

“É mais uma herança pesadíssima e esta é uma questão factual. Vamos ver, a esperança é a última a morrer”, frisou Luís Cirilo.

Para obter a licença da UEFA, o Vitória não poderia ter dívidas ao fisco e à segurança social, além do atraso no pagamento aos jogadores, mas essas situações estão a ser regularizadas, notou Luís Cirilo. O grande entrave neste momento é a dívida de 600 mil euros ao ASO Chlef, da Argélia, por causa da contratação do avançado Soudani.

“O Vitória não pagou um tostão”, notou o dirigente, o que motivou a apresentação de uma queixa na FIFA, que deu ao Vitória de Guimarães até 31 de Março para regularizar a situação, o que não aconteceu.

O clube minhoto pretende agora contratualizar uma forma de pagamento com os argelinos, mas não tem conseguido chegar à fala com o presidente do clube. “A grande dificuldade que temos neste momento é em falar com o presidente do anterior clube do Soudani [ASO Chlef, da Argélia]. Desde que tomámos posse, a 10 de Abril, que temos tentado todos os dias, o próprio jogador já ligou, mas ele não atende o telefone, talvez ‘escaldado’ com o Vitória pelas anteriores promessas não cumpridas”, explica o dirigente.

O dirigente vimaranense reconhece que os elementos do novo elenco estão “um bocado manietados e totalmente dependentes” do presidente do clube argelino, com quem não conseguem falar para chegar a “um acordo de pagamento”.

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