Passos Coelho: reformas estruturais são “as mais ambiciosas” dos últimos 20 anos

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Foto: Nélson Garrido

A agenda de reforma estrutural com que Portugal se comprometeu com a troika é “a mais ambiciosa” que o país teve nas últimas duas décadas, afirmou hoje o primeiro-ministro, dizendo que estamos numa fase decisiva da execução do programa de ajuda externa.

“A agenda de reformas estruturais é a mais ambiciosa, ao nível do crescimento e emprego, que Portugal teve nas duas últimas décadas", disse hoje Pedro Passos Coelho, na abertura da conferência “Growth and Competitiveness under Adjustment” (“Crescimento e Competitividade no âmbito do Ajustamento”), que está a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

O primeiro-ministro salientou que Portugal está "numa fase decisiva" da execução do programa de ajustamento e salientou que o país vive, neste momento, “um período de enorme exigência. “Os sacrifícios, decorrentes do choque violento na nossa economia, tornaram-se já evidentes, mas também começamos já a assistir às mudanças políticas estruturais de que precisamos para o futuro”, assegurou.

No entanto, salientou Passos Coelho, o conjunto de reformas do mercado laboral, dos produtos, da justiça, da saúde e dos sectores protegidos não estará completo nem quando Portugal tiver conseguido colocar a sua dívida pública numa trajectória sustentável, nem quando tiver reformado as suas instituições.

“Estará finalmente completo quando as leis e instituições da nossa economia, que no passado se constituíram tantas vezes como um obstáculo aos sonhos e ambições, tiverem sido transformadas no ponto de partida desses sonhos e ambições”, concluiu.

Passos Coelho garantiu ainda estar convencido de que os líderes políticos europeus estarão à altura das suas responsabilidades e de que a Europa conseguirá retomar o caminho da competitividade e do crescimento que tem vindo a perder nas últimas décadas.

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