Insolvência provoca protestos à porta do Sana, em Lisboa

Cerca de três dezenas de pessoas, vestidas com coletes reflectores e capacetes de protecção usados na construção civil, estão em protesto à frente do hotel por causa de ordenados em atraso.

O grupo Sana esclareceu que se trata de trabalhadores da empresa de construção FDO, que entrou em insolvência recentemente. Os trabalhadores terão os salários em atraso e decidiram protestar junto de um dos hotéis da cadeia, porque esta tinha contratado a construtora para erguer uma unidade 5 estrelas nas Amoreiras.

Aliás, também tem havido manifestações nos últimos tempos junto às imediações desta obra. Desta vez, os trabalhadores da FDO mudaram-se para a porta do Sana Lisboa, onde batem com os capacetes na estrada, em sinal de protesto. Há, pelo menos, três polícias junto aos manifestantes.

O Comando Metropolitando de Lisboa confirmou que o grupo contesta "ordenados em atraso por parte de uma empresa de construção civil". Fonte do gabinete de relações públicas esclareceu ainda que são "cerca de 25 trabalhadores, que estão a agir de forma ordeira".

Carlos Silva Neves, presidente da assembleia geral do grupo Sana, explicou ao PÚBLICO que a empresa "celebrou uma empreitada com a FDO para construir um hotel nas Amoreiras até Setembro". No entanto, a construtora "abandonou a obra", deixando prejuízos "de milhões de euros", que serão agora reclamados no âmbito do processo de insolvência.

"Tivemos de recorrer a outro empreiteiro e estamos a reajustar tudo", disse o responsável, acrescentando que a manifestação que hoje está a acontecer à porta do Sana Lisboa, que fica na Av. Fontes Pereira de Melo, "só vem agravar os prejuízos" do grupo.

"Os trabalhadores decidiram fazer pressão junto ao dono de obra para tentarem reaver os salários, mas nós pagámos tudo o que tínhamos a pagar à FDO, que recebeu o dinheiro mas não pagou a quem de direito", rematou Carlos Silva Neves.

Notícia actualizada às 11h38
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