Bruxelas agrava previsão da recessão em Portugal

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A situação económica em Portugal vai ser este ano ainda pior do que o previsto à luz das novas previsões da Comissão Europeia que apontam para uma quebra de 3,3%, depois de uma contracção do PIB de 1,5% no ano passado.

Estas previsões, que acabaram de ser publicadas em Bruxelas, são as piores apresentadas até agora em comparação com os prognósticos mais recentes do Governo - menos 3% - e do Banco de Portugal - menos 3,1%.

A previsão para Portugal é uma dos piores de toda a União Europeia (UE), só ultrapassada pelos 4,4% negativos previstos para a Grécia – que se seguem a uma contracção do PIB de 6,8% no ano passado.

Esta degradação das perspectivas para Portugal enquadra-se numa revisão em baixa generalizada do crescimento económico tanto nos Dezassete países do euro, como no conjunto dos 27 países da UE.

Para a UE, Bruxelas prevê uma variação nula do PIB (0%), o que representa uma revisão em baixa de 0,6% face às anteriores previsões de Novembro.

Na zona euro, a previsão é mesmo de recessão – menos 0,3% – o que constitui uma degradação de 0,8% face ao previsto há apenas três meses.

Segundo Bruxelas, mau grado esta deterioração da situação, as "incertezas permanecem elevadas", o que deixa implícito um risco de resultados ainda piores. Os riscos têm sobretudo a ver com a crise da dívida soberana que continua a atormentar a economia europeia. Segundo a Comissão "se o agravamento da crise da dívida soberana resultar numa contracção do crédito, poderá provocar uma profunda e prolongada recessão".

Dentro da zona euro, além de Portugal e Grécia, outros seis países estarão este ano igualmente em recessão: Bélgica (0,1%), Espanha (-1%), Itália (-1,3%), Chipre (-0,5%), Holanda (-0,9%) e Eslovénia (-0,1).

Entre os restantes dez países da UE, a Hungria é o único que terá um crescimento negativo de -0,1%.

A Alemanha consegue permanecer em terreno positivo, embora sofrendo uma degradação acentuada da conjuntura, passando de um crescimento da economia de 3% no ano passado para apenas 0,6% este ano. A França passa de 1,7% em 2011 para 0,4 % este ano.

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