Eurolândia "sem mais tempo a perder" e Grécia à espera da banca

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Figuras carnavalescas na Alemanha glosam o tiro ao euro das agências de rating Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Os ministros das finanças da zona euro deram início a uma reunião decisiva para acertar um novo empréstimo de 130 mil milhões de euros destinado a salvar a Grécia da bancarrota, embora ainda tenham uma série de problemas para resolver antes da decisão final.

A reunião, que poderá prolongar-se por longas horas, conta com Lucas Papademos, primeiro-ministro grego, que fez aprovar pelo governo e pelo parlamento um programa de austeridade particularmente exigente para reduzir a dívida pública do país e reformar a economia.

"Quero assumir que poderemos concluir as negociações hoje", afirmou Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro e ministro das finanças do Luxemburgo que preside ao eurogrupo, à chegada à reunião. "Temos de concluir hoje, não há mais tempo a perder", prosseguiu, frisando no entanto que ainda é preciso clarificar "quanto é que o sector privado contribuirá" através de uma reestruturação da dívida grega, e "o volume total do segundo programa" que "não pode ultrapassar 130 mil milhões de euros".

"As negociações prosseguem até ao último minuto" mas "esperamos hoje pôr fim a um longo período de incerteza que não ajudou nem a economia grega, nem a zona euro no seu conjunto", afirmou o ministro grego das finanças, Evangelos Venizelos."Trabalhámos muito nos últimos dias e estamos cá para resolver as últimas questões que se colocam", afirmou igualmente o ministro francês, François Baroin. "Hoje temos todos os elementos para chegar a um acordo".

Mario Monti, primeiro-ministro e ministro das finanças de Itália, insistiu por seu lado, em Milão, antes de partir para Bruxelas, na necessidade de resolver os problemas da Grécia, "o maior foco de crise" na Europa. Monti anunciou igualmente que "sete ou oito países da União Europeia" enviaram uma carta aos parceiros na previsão da cimeira de líderes de 1 e 2 de Março para "dar um forte estímulo, com condições concretas e operacionais, ao crescimento económico". Embora não tenha referido os países que se associaram à iniciativa, o chefe do governo italiano frisou que "salvo alteração de última hora, a França e a Alemanha não deverão fazer parte".

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