Marcelo elogia Passos e critica “tiro ao Cavaco” que vem até das "tias de Cascais”

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Marcelo diz que a moda do "tiro ao cavaco" é perigosa Nuno Ferreira Santos

O ex-líder do PSD gostou de ver Passos enfrentar os manifestantes. Já não gosta da “época do tiro ao Cavaco” que vem da esquerda, da direita e das “tias de Cascais”.

Marcelo Rebelo de Sousa elogiou neste domingo o comportamento de Passos Coelho ao enfrentar os manifestantes. Já sobre o facto de o Presidente da República ter cancelado a visita a uma escola onde decorria uma manifestação, o antigo líder do PSD diz que abriu “o tempo do tiro ao Cavaco. À, esquerda, à direita e até nas “tias de Cascais”. Um perigo diz Marcelo.

Separando o comportamento de Passos e Cavaco face a manifestações, Marcelo, no seu habitual comentário na TVI, começou por dizer que o primeiro-ministro “esteve muito bem”.

O social-democrata diz que nos tempos difíceis que se vivem os governantes “tem de estar preparados” paraa reagir aos protestos e Passos “mostrou estar bem preparado” até “na forma elegante como se referiu ao Presidente da República”.

Já sobre Cavaco Silva, Marcelo afirmou que, independentemente de comportamentos do chefe de Estado ou de pessoas que lhe são próximas, “abriu a época do tiro ao Cavaco”.

À esquerda, citou o PCP e a CGTP, que diz lançarem ataques ao Presidente, por ele estar de acordo com as medidas da troika. A direita, diz que o “tiro ao Cavaco” vem de diversos sectores que o criticam por não ser mais duro com Passos Coelho. Incluiu entre estes ainda “Cavaquistas anónimos” e até “as tias de Cascais”.

“Uma moda perigosa”, disse Marcelo, porque tira espaço a uma figura que “tem de ser de união” e não deve “ser fragilizada”. Diz ainda que estes ataques “debilitam o prestígio do Estado em tempo de crise” e acabam não por atingir não Cavaco, mas sim o Presidente da República, o Estado e o “que resta de fusível de segurança”.

Marcelo, acrescentou, porém, que o próprio Cavaco tem que ter cuidado nas suas intervenções, lembrando o episódio das reformas, em que o Presidente disse que mal ganhava para as despesas. E sobre este tema, afirmou que o Presidente ainda vai ter que o explicar melhor

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