Desemprego em Espanha aumentou quase 8% em 2011

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Luis de Guindos, ministro da Economia espanhol REUTERS/Susana Vera

Dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho mostram que o desemprego em Espanha subiu 7,86% ao longo de 2011, atingindo um total de 4.422.359 pessoas.

Em Dezembro, o incremento foi de 0,04%, o que significou um acréscimo nominal de 1897 novas pessoas sem trabalho no país, que tem assistido a uma escalada consecutiva da taxa de desemprego nos últimos meses.

Em termos sectoriais, a maior subida foi protagonizada pelo sector da construção, que, em Dezembro, registou um crescimento de 3,16% na perda de postos de trabalho. Também houve um aumento na indústria, na ordem de 1,81%.

As restantes actividades apresentaram uma melhoria, com destaque para a agricultura, onde o desemprego caiu 3,72%. Já nos serviços o abrandamento foi de 0,47%.

Vem aí mais austeridade

Na próxima quinta-feira, o Governo espanhol deverá apresentar novas medidas de austeridade, a serem aprovadas em Conselho de Ministros nesse dia. Na segunda, o ministro da Economia, Luis de Guindos, deixou claro que está em cima da mesa “uma agenda reformista muito agressiva para os próximos meses”.

O objectivo é diminuir o défice público, mostrando aos pares europeus que Espanha será capaz de equilibrar as suas contas, numa altura em que se soube o défice poderá ser superior a 8% em 2011.

O aumento do IVA é uma das hipóteses indicadas pela imprensa espanhola desta manhã, justificada pelo facto de Guindos não ter negado esta possibilidade e de, no país, a taxa reduzida ser de apenas 4% e a máxima de 18%. Em Portugal, por exemplo, o intervalo está fixado actualmente entre 6 e 23%.

Outra das medidas poderá centrar-se no emagrecimento da administração pública, com enfoque sobre os institutos e agências do Estado, bem como sobre as mais de quatro mil empresas públicas que existem no país. Decisões que poderão levar a despedimentos, antevê a imprensa local.

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