Pelo menos duas pessoas morreram e 51 estão dadas com desaparecidas após o naufrágio de uma plataforma petrolífera em águas geladas no mar de Okhotsk, no Extremo Oriente russo.

Prosseguiam as buscas para tentar encontrar sobreviventes, segundo anunciou o Ministério das Situações de Emergência da Rússia, mas as esperanças eram mínimas.

A plataforma Kolskoye, na qual trabalhavam 67 pessoas, estava a 200 quilómetros da costa quando o acidente aconteceu, à 1h45 de Lisboa (12h45 locais), devido a ventos violentos e a uma temperatura de -17 graus centígrados.

Às 5h30 de Lisboa, tinham sido salvas 14 pessoas, algumas em estado crítico, e encontrados dois corpos.

“Conseguimos salvar 14 das 67 pessoas” a bordo da plataforma no momento do drama, disse Taimuraz Kasayev, porta-voz do ministério na cidade de Vladivostoque, antes de anunciar o fim das buscas ao cair da noite (8h00 em Lisboa).

Quando àquela hora os helicópteros de salvamento levaram para terra quatro das pessoas resgatadas, os desaparecidos estavam já há mais de seis horas, sem canoas de salvamento. Os corpos dos dois mortos foram identificados, sem que as equipas de salvamento os tenham conseguido retirar da água, que estava a -3ºC.

As autoridades não se pronunciaram sobre a possibilidade de encontrar sobreviventes, esperando que o vestuário estanque e os coletes salva-vidas disponíveis a bordo os protejam durante as próximas horas.

A plataforma afundou-se completamente ontem à noite, e as suas quatro canoas de salvamento foram encontradas sem ninguém a bordo, e o trabalho das equipas de socorro no mar foi complicado por ventos violentos e uma forte ondulação, com ondas de cinco metros.