Sucesso relativo nas emissões de dívida de Espanha e França

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As duas emissões de dívida realizadas hoje por Espanha e França terminaram com um sucesso relativo: Espanha colocou toda a dívida prevista, mas pagou mais juros, e a França um pouco menos do que o previsto, mas as taxas de juro foram mais baixas do que recentes emissões comparáveis, à excepção do prazo mais curto.

No caso de França, e o montante indicativo para as emissões de hoje era de 4,5 mil milhões de euros e acabou por ser colocado 4,346 mil milhões de euros. Isso não significa que não havido procura para o restante, mas apenas que a taxa exigida pelos investidores era mais elevada, tendo sido recusada pelo emissor.

Dado o agravar da crise da dívida na zona euro, as taxas conseguidas pela França foram muito boas. Apenas na emissão a cinco anos, a taxa foi de 2,42%, mais que 1,93 por cento conseguido numa emissão com a mesma maturidade a 5 de Outubro. As restantes emissões foram realizadas a 10, 15 e 30, e foram colocadas a taxas abaixo da barreira dos 4%, e ainda a um nível ligeiramente mais baixo que nas últimas emissões comparáveis.

Em Espanha, a decisão passou por colocar o máximo de dívida previsto, 3,750 mil milhões de euros, mas os juros foram superiores a 5% nos três prazos: três, quatro e cinco anos.

No prazo mais curto, a taxa foi de 5,203% , a quatro anos foi 5,28 % e a cinco foi de 5,56 por cento %, o que correspondem a máximos de mais de uma década.

Depois das emissões, os juros da França, de Espanha e também de Itália estavam a corrigir. Já os de Portugal e da Grécia estevam a a subir no curto prazo.

Os mercados bolsistas europeus abriram negativos e, a meio da sessão, apenas Londres segue em terreno positivo.

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