Facebook vai passar a pedir licença antes de mexer na privacidade

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Zuckerberg admitiu que a sua empresa “cometeu uma série de erros”, mas sublinhou que esses erros ensombraram o bom trabalho que a rede social fez ao longo dos anos Kimberly White/Reuters

O Facebook, que nos últimos anos tem sido criticado pelas mudanças de privacidade levadas a cabo sem autorização prévia dos seus utilizadores, chegou a acordo com o regulador norte-americano - a Comissão Federal do Comércio - e vai passar a pedir a aprovação dos membros da rede antes de levar a cabo qualquer mudança nas definições de privacidade.

Em resumo: se até agora os utilizadores da rede social Facebook - com mais de 800 milhões de membros em todo o mundo - tinham de fazer opt out se não queriam aceitar as mudanças impostas pelo Facebook, a partir de agora será ao contrário. Aqueles que concordarem com as mudanças nas definições de privacidade que o Facebook introduz terão de fazer opt-in.

O Facebook concordou igualmente em fechar o acesso a contas apagadas pelos seus autores em 30 dias ou menos. Até agora esse “período de carência” prolongava-se durante tempo indeterminado, bastando reintroduzir o antigo nome de utilizador e a palavra-passe para voltar a reaver todo o antigo material colocado online.

Num post colocado online no blogue da empresa, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, admitiu que a sua empresa “cometeu uma série de erros”, mas sublinhou que esses erros muitas vezes ensombraram o bom trabalho que a rede social fez ao longo dos anos.

Durante este processo em que foi ouvido pela Comissão Federal do Comércio o Facebook nunca admitiu a culpa nem foi multado, mas ficou proibido de levar a cabo mais mudanças de privacidade “enganosas” e será regularmente inspeccionado pelas suas práticas no domínio da privacidade, indicou a mesma Comissão.

“O acordo proposto implica que o Facebook leve a cabo vários passos para se assegurar que cumpre as suas promessas”, indicou a Comissão.

Isso inclui fornecer aos seus utilizadores “avisos claros e salientes e obter o expresso consentimento dos consumidores antes de informações suas serem partilhadas para além dos limites por si definidos previamente”.

Zuckerberg escreveu ainda no seu post colocado online: “Estamos a estabelecer um compromisso claro, formal e de longo prazo em como faremos as coisas como sempre as quisemos fazer (...) - dando aos utilizadores as ferramentas com as quais possam controlar quem vê as suas informações e assegurando que apenas as pessoas escolhidas as poderão ver”.

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