Sindicatos e patrões com baixas expectativas sobre acordo com Governo

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João Proença nota que a última proposta do Governo não atende às expectativas da sindical Miguel Manso

As centrais sindicais e as confederações patronais entraram para a reunião da concertação social, esta manhã, com poucas expectativas em relação à abertura do Governo à negociação do documento sobre o crescimento a competitividade e o emprego.

À entrada da reunião com o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, os parceiros sociais criticaram o documento que está hoje em cima da mesa das negociações, dizendo que a última versão enviada às centrais sindicais e às confederações patronais, na última sexta-feira, não são tomados em consideração os apelos dos parceiros.

Uma das alterações avançadas pelo Governo prevê que o aumento da meia hora de trabalho diário no privado seja aplicado também aos trabalhadores com isenção de horário.

O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, António Saraiva, admitiu que da reunião de hoje não saia um acordo com o Governo, porque há um conjunto de pontos de vista sindicais que não foram ponderados pelo Governo na última proposta de discussão.

Saraiva referiu mesmo que o aumento excepcional do horário trabalho no sector privado – que o Governo anunciara como medida para compensar o facto de não avançar com a redução da Taxa Social Única – é uma questão que não facilita um acordo e que foi, aliás, uma das razões da última greve geral.

No mesmo sentido, o Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, referiu que a questão que se coloca é a de saber se o Executivo quer ou não um acordo.

Para o secretário-geral da UGT, João Proença, no documento enviado aos parceiros no final de semana passada, apenas com pequenas alterações em relação a uma versão anterior já discutida na concertação social há um mês, o Governo foi pouco sensível aos apelos dos sindicatos.

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