Fado continua à espera de decisão da UNESCO

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Ainda não foi esta madrugada (manhã em Bali, Indonésia) que o fado foi considerado património cultural imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). O comité intergovernamental está a demorar mais tempo do que estava previsto a analisar as candidaturas individualmente, tendo apenas aprovado ainda sete dos 49 bens propostos.

A candidatura do fado só deverá ser avaliada ao final do dia na Indonésia ou, se o processo se atrasar novamente, apenas na segunda-feira será conhecida a decisão.

O processo de decisão tem-se revelado demorado, tendo a UNESCO no dia de ontem analisado apenas duas candidaturas - a da Bélgica, com o ritual de Leuven, e a da China, com o teatro de sombras, que foram aprovadas e inscritas na lista do património imaterial da humanidade.

“Está a ser um processo longo porque a presidência desta reunião tem revelado uma incompetência extraordinária na condução dos trabalhos”, disse à Lusa Rui Vieira Nery, presidente da comissão científica da candidatura, explicando que o comité intergovernamental da UNESCO demorou três horas a discutir uma questão relacionada com uma candidatura japonesa.

“Há questões que se podiam decidir com uma direcção energética que colocasse claramente em oposição as opiniões distintas e passasse à votação, mas aqui, como não há liderança nenhuma da parte do presidente, as questões arrastam-se de forma ilimitada”, acrescentou Rui Vieira Nery.

Esta manhã, foram aprovadas uma candidatura do Peru, uma da Colômbia, duas da Croácia, uma do Chipre, uma da República Checa e uma de França, estando neste momento a ser discutida a candidatura do Mali, Burquina-Faso e Costa do Marfim.

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